Esportes Titulo Libertadores
Palmeiras vive alto e baixo, sofre, mas bate Rosario Central

Verdão faz péssima segunda etapa, mas suporta
pressão, vence por 2 a 0 e vai à ponta do grupo

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
04/03/2016 | 07:00
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Ricardo Trida


Naquela que talvez tenha sido a partida com o melhor e o pior momentos do Palmeiras em 2016, o Verdão afastou a crise e deu novo fôlego ao técnico Marcelo Oliveira ao bater o Rosario Central, da Argentina, por 2 a 0, em duelo pela segunda rodada da Libertadores. Com o resultado, o Verdão foi aos quatro pontos e assumiu a ponta do Grupo 2. Já os argentinos ocupam a lanterna da chave, com um.

Como o goleiro Fernando Prass havia pedido anteontem, o torcedor compareceu ao Allianz Parque e cantou para apoiar o time, independentemente das críticas. E isso pareceu ajudar a equipe, que adotou postura bem diferente daquela vista nas últimas partidas e teve mais atitude.

A primeira prova disso veio aos sete minutos, quando Dudu acertou a trave após boa triangulação no meio. Nem mesmo o temporal que se seguiu esfriou o ânimo alviverde, que, se impondo em campo, pressionava e não dava trégua à defesa argentina.

Apesar da boa drenagem do gramado, algumas poças de água surgiram, mas, em vez de atrapalhar, elas ajudaram o Verdão. Aos 24, Cristaldo, até então sumido na partida, apareceu fazendo o que mais sabe: brigando pela bola. Aos trancos e barrancos o atacante ganhou da zaga, tirou do goleiro e empurrou para o gol vazio – 1 a 0.

Mesmo em vantagem, o Verdão ainda queria mais e pressionava a saída de bola do Rosario Central, que tinha dificuldades em passar do meio campo. A torcida ainda teve dois motivos para reclamar da arbitragem, que deixou de assinalar pênalti em Gabriel Jesus, e, posteriormente, o flagrou erroneamente em impedimento em lance que sairia em frente ao gol.

Na segunda etapa, o técnico Eduardo Coudet lançou o Rosario Central ao ataque, e o Palmeiras se retraiu, sendo equipe completamente diferente daquela dos primeiros 45 minutos. Tanto que Fernando Prass começou a ser protagonista. Aos dez, ele fez sequência de duas defesas em finalizações na área. Cinco minutos depois, foi buscar cobrança de pênalti de Ruben no canto direito. E ainda apareceu em diversas oportunidades em finalizações adversárias, já que os argentinos moraram no campo de ataque.

No único contra-ataque alviverde, aos 48, veio a certeza da vitória. Allione tirou o zagueiro e, escorregando, cutucou para o gol, tirando o piano das costas dos palmeirenses.

Prass reconhece sufoco e divide méritos em defesa de pênalti

“Sofrido, né?”, comentou o goleiro Fernando Prass logo após o duelo, reconhecendo que o Palmeiras ficou encurralado em seu campo de defesa na segunda etapa. “O Rosario Central deu um sufoco incrível na gente. Precisávamos dessa vitória para tirar o peso das costas”, afirmou o herói alviverde.

“É normal (sofrer pressão). Eles jogaram muito bem”, avaliou o atacante Cristaldo, autor do primeiro gol do Verdão.

Sobre a defesa na cobrança de Ruben, Prass dividiu o mérito com o departamento de análise de desempenho do Verdão, com o qual estudou cobranças do centroavante adversário.

“O pessoal fora de campo trabalha muito. Sempre recebemos os vídeos, tinha cobrança dele até no futebol da Ucrânia e no Villareal (da Espanha)”, frisou o goleiro alviverde, que pediu para a torcida repetir a dose na próxima rodada da competição continental, na quarta-feira, contra o Nacional, do Uruguai.

“Que quarta-feira a torcida venha com esse mesmo espírito”, concluiu ele.




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