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Plano preventivo é colocado em ação
William Cardoso
30/11/2008 | 07:00
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O PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil) do Grande ABC teve início na metade de novembro e deve seguir até o fim de março. A prevenção passa pelo mapeamento de áreas de risco com antecedência.

"A região do Jardim Santo André está em nossos planos. É importante fazer essa análise antes de as chuvas começarem", explica o tenente-coronel Valdeir Rodrigues Vasconcelos, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros.

No próximo ano, a Defesa Civil promete mais integração com a comunidade e aposta em soluções simples que possam trazer benefícios diretos. "Ensinaremos as pessoas a construírem pluviômetros caseiros para monitorar a quantidade de chuva na área onde moram", diz o comandante dos bombeiros.

Em caso de enchente, a Defesa Civil recomenda que a população levante os móveis, desligue a chave geral de eletricidade, além dos registros de água e gás. Levar o lixo para área distante da água e procurar abrigo em local alto e seco são algumas das dicas.

Depois das chuvas, é importante que não se consuma alimentos atingidos pela inundação. Fora isso, a limpeza da casa deve ser feita com mistura de um copo de água sanitária para cada balde de 20 litros de água.

Em caso de prevenção a deslizamentos, a principal dica é sair imediatamente de locais que apresentem rachaduras e árvores ou postes inclinados.

PISCINÕES - O tenente-coronel Valdeir Rodrigues Vasconcelos aponta a recente limpeza dos piscinões da região, promovida pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), como fator importante para evitar enchentes. "Retiraram todo o entulho acumulado no interior dos reservatórios, e essa é uma boa ação para prevenir o pior."

Um piscinão inoperante afetou moradores do Capuava, em Mauá, neste ano, e atingiu até um auto-elétrico no fim da Avenida Manoel da Nóbrega, considerado um bunker contra a força das águas, mas também sucumbiu. Aterro, comportas, muretas e até mesmo uma bomba de sucção com sistema interligado por mangueiras compõem o ‘arsenal' contra enchentes, preparado para proteger o estabelecimento e a casa da família, que dividem o terreno. A tromba d'água de fevereiro, porém, fez toda a estrutura instalada por Marcos Lima, 37 anos, escoar pelo ralo.

A água surgiu pelo piso, ultrapassou as barreiras e encheu o quintal da casa, que ficou 1,8 metro submersa. "De nada adiantou o esquema, por mais que a culpa não tenha sido nossa", afirma Lima.

O piscinão não ajudou Lima, porque assaltantes aproveitaram o ‘cochilo' da Prefeitura de Mauá (que não colocou seguranças no local) para roubar cabos e fios que mantinham funcionando a bomba que mais importava: aquela que drena a água para o interior do reservatório.




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