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Químicos do Grande ABC aprovam reajuste de 8%
Fabrício Calado Moreira
Especial para o Diário
13/11/2004 | 15:57
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Os trabalhadores da indústria química do Grande ABC aprovaram a proposta de reajuste salarial de 8% da categoria, oferecida pelo Ceag-10. A oferta da entidade patronal, feita há uma semana, foi aceita na sexta-feira em assembléia com a presença de 500 trabalhadores, na sede do Sindicato dos Químicos do ABC, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

“A idéia era pedir mais que os 8%, mas a assembléia mostrou que esse valor foi o limite que deu para conseguir”, avalia o presidente do sindicato, Paulo Lage. Ele explica que, por causa da data-base dos químicos, em 1º de novembro, não daria tempo para tentar novo acordo. “O que deu para fazer foi feito”, diz. No Grande ABC, há cerca de 32 mil trabalhadores na indústria química.

O sindicato já fechou 30 acordos trabalhistas diretos com indústrias da região desde o final das negociações oficiais, no último dia 29. Lage calcula que os acordos diretos variam de 9% a 17,26% (índice pedido pela categoria no início da campanha e que foi conseguido em apenas uma empresa).

Lage sustenta que, mesmo com o reajuste sendo menor do que o desejado pelo sindicato, o saldo é positivo. “Para todas as categorias, os químicos tiveram ganho real de 2,3%, além de participação nos lucros de R$ 400.”

A campanha deste ano mostrou fortalecimento das mobilizações dos químicos das pequenas empresas, analisa o presidente do sindicato da entidade. “Foi um alerta para os trabalhadores das grandes empresas se mobilizarem mais organizadamente.” Para Lage, as mobilizações dos empregados das grandes químicas foi muito pulverizada.

Adiamento – Foi adiada para depois do feriado a reunião dos comerciários do Grande ABC com a entidade patronal da categoria. Provavelmente, o encontro será realizada na quinta-feira, segundo o diretor do Sindicato dos Comerciários do ABC, Antônio Miranda, o Toninho. “Não deu para entender porque aconteceu isso.” A reunião estava marcada para a última quinta-feira, mas foi remarcada pelos representantes do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista do ABC) para depois do feriado. Para o dirigente, é impossível arriscar se isso é bom ou mau sinal. “Quando fica na penumbra, não dá para descobrir o que vai ser.” Os trabalhadores do comércio do Grande ABC pediram 15% de reajuste. O Sincomércio, até agora, propôs 4%.

Na terça-feira, o sindicato realizará assembléia com os trabalhadores. Na região trabalham cerca de 60 mil comerciários, segundo Toninho.




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