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Cresce índice de indústrias inovadoras
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
30/10/2010 | 07:50
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O percentual de indústrias inovadoras no País passou de 31,5% no ano 2000 para 38,1% entre 2006 e 2008. É o que aponta a nova Pintec (Pesquisa de Inovação Tecnológica), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada ontem.

De acordo com o mais recente levantamento, foram pesquisadas 100,5 mil empresas industriais e, desse número, 38.299 indicaram que implementaram produtos ou processos fabris novos ou substancialmente aprimorados.

Para identificar algo como inovador, o supervisor da pesquisa, Luiz Antônio Casemiro, afirmou que é levado em conta o esforço da empresa, seja pelo gasto efetivo, pelo tempo dedicado dos funcionários e, além disso, os dispêndios com P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e se o produto gerou retorno ao ser lançado no mercado.
O uso da internet figurou como destaque, entre 2006 e 2008, como propulsor do processo inovativo. No ramo de serviços, a rede de computação foi utilizada por 78,7% para esse fim. Na área industrial, foram 68,8% das companhias, mas foi a primeira vez em todas as edições do estudo que essa fonte foi considerada a mais relevante pelas fabricantes.

ÁREA AUTOMOTIVA - A Pintec aponta ainda que empresas com maior número de funcionários têm taxa mais elevada de produtos inovadores.

Naquelas com 500 ou mais empregados, 71,9% implementaram novos produtos ou processos, frente à média de 38,1%.

E entre os segmentos industriais, as fabricantes de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus lideram (83,2% inovam), seguidas pelas farmoquímicas e farmacêuticas (63,7%), fabricantes de produtos eletrônicos e ópticos (63,5%), de produtos químicos (58,1%) e de máquinas e equipamentos (51,%).

O estudo aponta ainda que o setor industrial investiu 0,62% de seu faturamento em P&D, 0,5 ponto percentual a mais que em 2005 (0,57%). Entretanto, o gasto total da indústria, dos ramos de serviços e das empresas dedicadas à pesquisa manteve-se estável em 0,8%.

EVOLUÇÃO - Para o secretário-executivo do núcleo de inovação e tecnologia de São Caetano, Fausto Cestari Filho, a evolução do País em produtos inovadores ainda é pequena se comparada ao rápido desenvolvimento tecnológico na China e na Índia e ao estágio atual do Japão, Itália e Alemanha. "O que temos no Brasil são políticas voltadas para grandes empresas", afirma.

 

 




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