Economia Titulo Mobilização
Bancários prometem intensificar greve

Movimento pretende fechar 116 agências nesta sexta-feira;
ontem não funcionaram 111 unidades na região, diz sindicato

Tauana Marin
Pedro Souza
21/09/2012 | 06:49
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Claudinei Plaza/DGABC


A greve dos bancários na região ainda é tímida. Ontem, terceiro dia de paralisação, a equipe do Diário encontrou vários halls de atendimento das agências abertos. Os clientes não enfrentavam filas para utilizar o caixa eletrônico e em algumas unidades contavam com o auxílio de funcionários. Durante assembleia no Sindicato dos Bancários do Grande ABC, no fim da tarde, não houve votação pela continuidade ou fim da greve. "Ainda aguardamos posicionamento da Fenaban (Federação Nacional de Bancos). Portanto, vale a decisão vigente de paralisação", disse o presidente da entidade, Eric Nilson. Hoje, a estimativa é de que 116 agências fiquem fechadas. Ontem, conforme o sindicato, foram 111.

Mas o que se vê é que muitos bancários já retornaram ao trabalho. Nilson explica que a Caixa Econômica Federal é a única instituição que está com praticamente todas as agências fechadas. O Banco do Brasil aparece em seguida, com 21 unidades paralisadas. E os bancos privados, na maioria, entram no grupo apenas quando o sindicato atua na cidade, como ontem em São Caetano e hoje em Diadema.

Nilson salienta que os funcionários de alguns bancos privados, de capital aberto, têm enfrentado ameaças. Segundo o sindicalista, as instituições informam que quem aderir à greve será demitido. E em algumas agências os trabalhadores foram orientados a começar o período de trabalho às 6h45 para não encontrarem com os sindicalistas.

Diante disso, muitos já voltaram ao trabalho. Na Rua Senador Flaquer, no Centro de Santo André, por exemplo, as instituições funcionavam normalmente e funcionários tiravam adesivos sobre a paralisação das portas. A rua é conhecida por concentrar grande parte dos bancos e foi escolhida para ser palco do primeiro dia de greve (iniciada na terça).

Segundo balanço do Sindicato dos Bancários do ABC, ontem as agências paradas na região totalizavam 111 unidades (na quarta-feira eram 85). O volume de funcionários de braços cruzados passou de 1.400 para 1.500 - do total de 7.500 no Grande ABC. "Ontem, o sindicato realizou ação em São Caetano e em São Bernardo (no bairro Rudge Ramos)", comenta Nilson. Hoje, a entidade atuará em Diadema e de São Bernardo.

Segundo o sindicato, a mobilização fica concentrada nos centros das cidades e nas ruas próximas. Podendo, assim, ter unidades funcionando normalmente. A mobilização é em resposta à proposta feita pela Fenaban de 6% de reajuste salarial. Os trabalhadores exigem aumento de 10,25%; piso salarial de R$ 2.416,38 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. A data base da categoria é em 1º de setembro.

 

 




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