Política Titulo Eleições 2018
Convenções partidárias abrem período eleitoral ainda atípico

Cenário de incertezas permeia com início de prazo para formalização das candidaturas; hoje são 18 nomes à Presidência

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/07/2018 | 07:00
Compartilhar notícia


A menos de três meses da data do pleito deste ano e em clima de incertezas no cenário eleitoral, o prazo das convenções partidárias inicia hoje e se estende até o dia 5 de agosto. O número elevado de pré-candidaturas majoritárias – tanto à Presidência da República quanto ao governo de São Paulo – ainda neste período às vésperas do páreo denota o panorama atípico da atual empreitada, tendo, neste momento, a maior lista de postulantes ao Planalto desde 1989. Atualmente, são 18 nomes na disputa ante 22 quadros que figuraram na primeira eleição depois da redemocratização.

A quantidade de pré-candidatos chegou a atingir patamar de 20, mas alguns nomes já ficaram pelo caminho, como Flávio Rocha (PRB) e Fernando Collor (PTC), assim como outras peças no tabuleiro que ainda devem desistir até o limite do prazo (confira rol de todos os pleiteantes colocados). As coligações nacionais permanecem em discussão. Sob essa indefinição, os nomes dos postulantes necessitam ser formalizados nas próximas duas semanas e registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 15 de agosto.

O PDT será a primeira entre as grandes legendas a realizar convenção, hoje, quando vai formalizar a candidatura de Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que articula arco de aliança que orbita com PCdoB, DEM e PSB. As duas legendas iniciais mantêm seus nomes na concorrência, contudo, há movimentação na tentativa de demovê-las da iniciativa, visando engrossar campanhas consideradas mais competitivas. PSC, com Paulo Rabello de Castro, e PCB – sem quadro próprio – têm as reuniões marcadas para hoje.

A baixa popularidade do governo de Michel Temer (MDB), que não entrará na disputa pela reeleição, somada à crise econômica no País e à instabilidade jurídica em torno da candidatura de Lula tornam o processo sem favoritismo. O cenário muda completamente se o petista, condenado e preso na Lava Jato, aparece nas pesquisas de intenção de voto – ele lidera todos levantamentos.

O PSL, por sua vez, vai sacramentar a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro no domingo, em ato no Rio de Janeiro, e debaterá as eventuais coligações e nome do vice. A maior parte das siglas, a exemplo de PSDB, Rede, MDB, Podemos e Novo, deixou as convenções para o dia 4 de agosto, perto do prazo final. O Psol, em contrapartida, fará convenção amanhã, e é o único que definiu chapa pura para o Planalto, com Guilherme Boulos e a indígena Sônia Guajajara.

No páreo estadual, o governador Márcio França (PSB) briga pela reeleição, e tem hoje oito concorrentes: João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB), Luiz Marinho (PT), Rogério Chequer (Novo), Lisete Arelaro (Psol), Rodrigo Tavares (PRTB), Cláudio Fernando de Aguiar (PMN) e Alexandre Zeitune (Rede).  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;