O ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes (PDT) reverteu ontem decisão da Justiça Eleitoral e se tornou apto para a disputa por uma das 21 cadeiras no Legislativo local em outubro.

Na semana passada, Gilson havia tido o registro de candidatura negado pelo juiz André Pasquale Rocco Scavone, da 222ª Zona Eleitoral, sob alegação de ausência de documentos apresentados pelo ex-gestor em processos judiciais abertos contra ele durante período de sua última gestão à frente do Executivo da cidade, entre 1997 e 2000. Ao todo, dez processos, a maioria ações civis públicas, estavam com entraves de documentação.

A sentença foi publicada na tarde de ontem pelo mesmo juiz André Pasquale Rocco Scavone. “O candidato apresentou recursos de embargos de declaração, bem como juntou os documentos exigidos pela legislação em vigor. Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação. As condições de elegibilidade foram preenchidas, não havendo informação de causa de inelegibilidade”, descreve a sentença.

Advogado do ex-chefe do Executivo, Paulo Roberto da Silva pontuou que “atrasos da própria Justiça” impediram a entrega das certidões anteriormente. “Desde a homologação da candidatura, buscamos correr atrás dos documentos solicitados, mas como havia processos muitos antigos, demorou mais do que estava previsto. Porém, agora está tudo bem”, celebrou.

Prefeito de Diadema por duas vezes (1982 a 1988 e 1997 a 2000), Gilson confirmou em agosto ingresso na disputa pela vereança, em arco de aliados que apoia reeleição do atual chefe do Executivo, Lauro Michels (PV).

Feliz com a decisão, o pedetista afirmou que “jamais deixou de confiar” na decisão da Justiça e aproveitou para alfinetar rivais, sem citar nomes.

“Sabia que conseguiria concorrer, por isso não deixei de fazer campanha um dia sequer. O que está mais me valendo é o carinho recebido. Não sei se ganharei, mas o reconhecimento tem sido enorme. Essa reversão da Justiça vai deixar muita gente do mal brava, que estava agindo de má-fé contra mim”.