É impossível esquecer uma tragédia com as proporções do desabamento parcial do Edifício Senador, em São Bernardo. Para que o caso também não saia da memória das autoridades e da população, os familiares da enfermeira Patrícia Farias de Lima, 26 anos, e da pequena Júlia Moraes, 3, que morreram no acidente, protestaram em frente ao edifício ontem – data em que o caso completou dois anos – e também prestaram homenagem às vítimas.

Cerca de 20 pessoas estiveram no local, das 13h30 às 15h30, com faixas e cartazes que cobravam justiça e punição aos culpados. Até o momento, a Polícia Civil não finalizou o inquérito do caso e sequer tem previsão para que isso aconteça. O Ministério Público também informou que não concluiu a apuração sobre o episódio.

“Queremos que os responsáveis por isso sejam julgados e condenados. Se fosse filho de gente rica, já teriam prendido os culpados há muito tempo. A sensação que dá é de que será mais um crime impune neste País”, disse José Fabrício Moraes, 38 anos, pai da menina Julia. Ele foi dos feridos no desabamento e ficou com sequelas. Com problemas no braço, ainda não voltou a trabalhar.