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Liberação de verbas 'escandalosa' motivou desistências, diz Mercadante
Por Do Diário OnLine
11/05/2001 | 00:08
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O deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou na noite desta quinta-feira que o sepultamento da CPI da Corrupção aconteceu por causa de acordos políticos e de uma liberação de verbas indiscriminada nos últimos meses. Antes mesmo do anúncio oficial, o petista admitia a derrota, mas já anunciava o contra-ataque.

Mercadante atribuiu a desistência de parlamentares à instalação da comissão a uma “liberação de verbas escandalosa”, que será denunciada pela oposição ao Ministério Público. De acordo com o deputado, em janeiro de 2001, a Caixa Econômica liberou cerca de R$ 680 mil. Em fevereiro, foram repassados R$ 1,3 milhão e, até hoje, as quantias só vieram a aumentar. Nos últimos 60 dias, segundo ele, foram liberados R$ 60 milhões, o equivalante a R$ 10,5 milhões por dia.

O petista informou que a oposição está apurando o caso e vai apresentar denúncias contra o governo federal por crime de responsabilidade. Mercadante disse também que há testemunhos de parlamentares que foram beneficiados pelas verbas e chegaram a transformar público o assunto.

O deputado paulista ainda atribui a desistência de 35 parlamentares a acordos políticos. Com a base governista cada vez mais enfraquecida e desmoralizada diante da opinião pública, todos resolveram se unir.

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), temendo a cassação de seu mandato devido às denúncias de violação do painel de votação do Senado, convenceu os deputados de sua base a retirarem as suas assinaturas. Assim, o baiano contaria com o apoio de governistas a uma punição mais branda.

Já os parlamentares do PMDB foram motivados pela desistência de Jader Barbalho de permanecer na presidência de seu partido, deixando, assim, a vaga para Maguito Vilela (GO). O fato conquistou a simpatia de parlamentares peemedebistas do Estado e a retirada de suas assinaturas.




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