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Polícia Militar apreende caça-níqueis e sofre suborno em bar de Mauá
Por Thuane Ianelli
Do Diário do Grande ABC
22/02/2010 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O madeireiro Carlos Roberto Rodrigues de Brito foi preso em flagrante na tarde de ontem ao tentar subornar dois policiais militares durante uma apreensão de caça-níqueis. O crime aconteceu em um bar na Rua Rubens Nunes Campos, no Jardim Luzitano, em Mauá.

Após receberem denúncia anônima, os policiais militares Jefferson Candido dos Reis e Elizelton de Aquino Alkmim foram até o comércio indicado por manter a prática ilegal de jogos de azar.

Lá, foram abordados pelo madeireiro, que se apresentou como amigo do dono do bar e ofereceu R$ 500 na hora, mais R$ 150 semanais para que a única máquina encontrada no local não fosse retirada. Os soldados fingiram que aceitariam o dinheiro e, enquanto Brito buscava o valor, armaram uma emboscada em parceria com o tenente Vagner Castro, que havia acabado de chegar.

Assim que o madeireiro chegou com o valor, Castro o surpreendeu e foi dada voz de prisão. As notas somavam R$ 400. De acordo com o acusado, ele pegaria o restante com os comerciantes locais e só havia tentado o suborno para colaborar com os colegas. "Sou um cara trabalhador, nem jogar eu jogo. Peguei o dinheiro do meu bolso e ofereci só para ajudar meus amigos", justificou-se.

De acordo com o policial militar Jefferson Candido dos Reis, a perícia encontrou R$ 63 no interior da máquina, que teve apreendidos a placa-mãe e o noteiro - peças fundamentais para que o caça-níqueis funcione.

O dono do bar, que não quis se identificar, afirmou que não sabia que ter esse tipo de máquina pudesse causar tanto transtorno.

Brito, que já tinha passagem na polícia por porte ilegal de arma, foi encaminhado ao 1º DP de Mauá e indiciado por corrupção ativa no artigo 333 do Código Penal, que pode levar de 2 a 12 anos de prisão. Ele será encaminhado à cadeia pública de Santo André e posteriormente ao CDP de Mauá.

POR ACASO - Enquanto ligavam para a perícia ir até o local onde encontraram a primeira máquina, os policiais resolveram ver se a prática se repetia no bar em frente. Lá, foram descobertas mais três caça-níqueis. Deles, apenas um estava ligado, com R$ 18 no interior. As outras duas não continham dinheiro nem as peças necessárias para que a máquina pudesse ser ligada.




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