As perícias médicas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) podem ter a presença de acompanhantes dos segurados nos consultório médicos, ao contrário do que acontece atualmente. A afirmação é do secretário-executivo do Ministério da Previdência Carlos Gabas.

“De acordo com as regras estabelecidas pelo ministério, é permitido o parente ou conhecido do segurado permanecer na sala durante toda a perícia”.

No entanto, isso não aconteceu no INSS de Santo André, segundo Rita de Cássia Oliveira dos Santos, mãe de uma segurada, que, em entrevista ao Diário, afirmou que foi maltratada quando tentou acompanhar a perícia da filha. “ A médica foi grossa comigo e disse que tinha direitos legais para me tirar a força da sala. Após eu insistir, afirmou que só iria me deixar lá para evitar maiores confusões. Sei que estava no meu direito e não achei justo a maneira como ela me tratou”, destaca.

Rita afirma ainda, que após o término da perícia, tentou relatar o ocorrido a uma funcionária do INSS. “Ela disse para eu procurar no site da Previdência os meus direitos”.

Segundo Gabas, o presidente do Instituto, Marco Antônio de Oliveira, entrou em contato com a Sociedade Brasileira de Perícia médica para ajudar na elaboração de um protocolo de perícias. “Estamos tentando realizar mudanças, mas enfrentamos resistências de alguns servidores”.