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Sérgio Soares vira empresário e negocia filho com o exterior
Por Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
25/06/2007 | 07:00
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Técnico do Santo André, pai e, agora, empresário. Sérgio Soares garante ter uma promessa em suas mãos. Um atacante alto, de 1,92m, de 20 anos, uma revelação. “Esse garoto ainda vai dar o que falar”, diz, com o sorriso no rosto. O nome do jogador em questão? Kaio Soares, seu filho. O menino está no Ramalhão em busca de um melhor condicionamento físico, mas já tem destino certo: o Mendrisio, time da Segunda Divisão da Suíça, país-sede da Fifa (Federação Internacional de Futebol).

Ex-jogador, Sérgio Soares, de 40 anos, nunca obrigou o filho a seguir seu caminho. “Agora, se decidiu, eu chego forte. É uma escolha séria e que deve ser levada à risca”, avisa o pai, observado pelo jovem jogador. A ligação de Kaio com o mundo do futebol começou cedo, quando foi morar com o pai e a família nos Emirados Árabes e Japão. “Sempre fomos atrás dele, independentemente do time e do lugar. Cresci nesse mundo. Assim tive a certeza de que seria um jogador”, disse o atacante, que iniciou a carreira tarde, aos 16 anos.

“A pressão sempre foi muito forte sobre mim. Não soube lidar com ela. A comparação era inevitável com meu pai (volante que defendeu Palmeiras, Guarani, Juventus e equipes do Japão e Arábia). Por isso resolvi estudar.”

Kaio passou pelas categorias de base do Juventus, do Pão de Açúcar e do próprio Santo André, sempre ao lado do pai. “Como era técnico dos profissionais, nunca trabalhei com ele. Mas a cobrança sempre foi mais forte do que tinha sobre meus comandados. Inclusive no comportamento, como estudo, baladas e amizades. Marco em cima”, revelou Sérgio Soares, que se define como um “chato”. “Sou mesmo. Tem que haver determinação para que a sorte venha ao seu lado”.

Atualmente, Kaio cursa Educação Física. Pela primeira vez, vai parar os estudos para se dedicar ao futebol profissional. Ele já está de malas prontas e deve embarcar para a Suíça em duas semanas. “É um mercado forte. Quero aparecer e, quem sabe, ir para um time maior da Europa”, prevê.

Enquanto isso, Sérgio Soares ficará na torcida. “Uma coisa é certa: como atacante ele pode fazer muito mais sucesso e ganhar mais dinheiro do que eu, que fui um volante. Espero que dê tudo certo. É minha aposentadoria que está em jogo”, brincou o paizão.




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