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Moradores reclamam de falta de médicos em UBS
Vanessa Fajardo
Da Sucursal de Diadema
20/05/2008 | 07:03
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Pacientes da rede pública de Diadema reclamam da falta de médicos na UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Paulina. Segundo eles, os enfermeiros é que têm feito os atendimentos. Prefeitura admite não estar com o quadro completo, mas nega que enfermeiros façam consultas.

Depois de sofrer dois infartos e um derrame, o morador de Diadema, Reni Dantas, 60 anos, espera desde de março por uma consulta com um clínico geral na UBS. "A primeira consulta foi marcada para o dia 2 de abril, mas me avisaram que não havia médico. Depois disso remarquei outras duas vezes, mas ainda não consegui ser atendido." Ele teme que em caso de uma emergência, fique sem atendimento.

Dantas não é o único. Ontem, o torneiro mecânico Getulio Pereira dos Santos, 59, também não conseguiu ser atendido na UBS Vila Paulina. "Tenho um problema de coluna e precisava de um laudo médico para renovar a carteira de acesso ao ônibus. Mas me falaram que não havia médicos na UBS, só enfermeiros."

A doméstica Elenita Novaes dos Santos, 55, contou que sua filha chegou a ser atendida por uma enfermeira. "Ela tem pedra na vesícula e veio até a UBS para trazer o exame." Já a dona de casa, Claudia Rosa Maria do Rosário, 40, não conseguiu uma consulta para a neta. "Fiquei sabendo que um médico foi embora e não contrataram outro. Deve ser por isso que o funcionário pediu à minha filha que aparecesse de vez em quando para ver se conseguia ser atendida."

Depois de marcar uma consulta com um clínico geral há um mês e descobrir ontem que teria de remarcá-la, o pedreiro Francisco Borges de Sousa, 57, ficou revoltado. "Queria só fazer um exame de rotina. Minha esposa ia se consultar amanhã (hoje), mas uma assistente social foi em casa para desmarcar. Isto não pode acontecer."

A Prefeitura de Diadema informou que a UBS Vila Paulina funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com equipes de três médicos. O que ocorre atualmente, segundo a Prefeitura, é que dos três plantonistas, um pediu demissão e ainda não foi substituído e o outro está licenciado e está sendo substituído por uma pediatra e um ginecologista da UBS do bairro Eldorado.

A Prefeitura nega que enfermeiros tenham realizado consultas no lugar de médicos e informa, ainda, que em até dez dias um novo profissional estará na UBS.

Pessoas chegam a ficar quatro horas em fila no Mário Covas

As pessoas que estiveram ontem na fila da farmácia de alto custo do Hospital Mário Covas, em Santo André, tiveram de esperar cerca de quatro horas debaixo de sol forte.

"Há quatro anos venho aqui apanhar medicação para o meu marido que tem epilepsia. Hoje, foi o pior dia de todos. A fila está enorme. Estou aqui há três horas", disse a aposentada Elzira Capeli, 60 anos.

Ataíde Dias da Silva, chegou às 7h30 no hospital e, às 11h30, ainda não tinha conseguido retirar os remédios para Gumercindo da Silva, que sofre com arritmia cardíaca. "Estou com medo dele passar mal por estar com muita febre. Faltam bancos para as pessoas sentarem e uma cobertura para que não fiquemos tão expostos", disse Ataíde.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que atende cerca de 1.000 pessoas por dia. A retirada é separada por patologias para facilitar a distribuição dos medicamentos e, segundo a secretaria, algumas vezes as pessoas não vão na data estipulada. Duas datas por mês são reservadas para que cada pessoa retire o medicamento.

A Secretaria Estadual de Saúde promete para julho a entrega de uma nova área para a farmácia no hospital, que será informatizada. O espaço comportará 200 pessoas sentadas.




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