Economia Titulo Formação
Ensino Médio gera mais oportunidades de emprego

Mercado de trabalho tem demanda por técnicos; interessados têm seis instituições gratuitas com cursos na região

Por Pedro Souza
20/08/2012 | 07:00
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A educação é a base para formar um mercado de trabalho consistente. Hoje, a busca por uma graduação é incessante, com amplo número de opções de cursos e diversos preços. Mas no Grande ABC, trabalhadores formados apenas no Ensino Médio têm sua importância, principalmente quando a conclusão vem com o diploma técnico.

Em três anos encerrados em 2010, o número de empregados formais com o Médio completo saltou 28%, contra 21% de graduados. O crescimento foi mais vigoroso do que o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada no mesmo período, de 14%.

Conforme dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), o Grande ABC tinha 426.708 empregados formais com o Ensino Médio completo no fim de 2010 e 110.448 com Superior. No fim de 2007, esses números eram de 333.590 e 91.183.

Diretor da Faculdade de Administração e Economia da Universidade Metodista de São Paulo, Luiz Silvério Silva avalia como positivo o crescimento apontado pelo Seade, que engloba os formandos em Ensino Médio e com cursos técnicos. O parque industrial da região, por seu grande porte, demanda muito esses profissionais. "O Ensino Médio técnico é uma boa qualificação. Em outros países é muito valorizado. Mas em um futuro próximo, com a reestruturação produtiva da indústria, o mercado vai exigir graduados ou tecnólogos", diz Silva.

Estudantes do Ensino Médio e já formados têm, hoje, seis opções gratuitas de instituições com cursos técnicos. São elas a Etec (Escola Técnica Estadual) Júlio de Mesquita, em Santo André, Etec Lauro Gomes, em São Bernardo, Etec Jorge Street, em São Caetano, e Etec de Ribeirão Pires na cidade homônima, todas administradas pelo Centro Paula Souza. Mauá e Diadema também contam com Etecs. As aulas técnicas são abertas para o público que já se formou no Ensino Médio. O ingresso nas escolas é por meio de processo seletivo.

Sem contar os cursos do Sistema S como o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e entre outros colégios particulares.

Diretora da Etec Júlio de Mesquita, Suely de Campos França Magini explicou que as instituições, administradas pelo Centro Paula Souza, só abrem vagas após estudo sobre a demanda do mercado da região. "E 88% dos alunos que se formam no ensino técnico já assinam contrato de trabalho", garantiu. Em média, no Grande ABC, as Etecs formam cerca de 3.000 alunos.

Lucas Vinícius Francisco é um deles. Concluiu o curso de telecomunicação em 2010, nove anos após ter terminado o Ensino Médio e passado por várias profissões, como marceneiro e metalúrgico. A formação contribuiu para que ele realizasse um de seus sonhos: morar em Florianópolis (SC). Hoje, praticamente catarinense, ele é empregado de uma empresa de telecomunicação, que exigia a qualificação, na cidade praiana. "Me ajudou muito", diz.

 

 




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