Economia Titulo Cenário
Salários de gerência estão 20% maiores

Caso de profissionais de engenharia, marketing e vendas, bastante demandados no mercado

Soraia Abreu Pedrozo
20/08/2012 | 07:08
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Profissionais das áreas de tecnologia da informação, engenharia, marketing e vendas, finanças e contabilidade, mercado financeiro e jurídico estão em alta. Bastante demandados, os cargos de gerência e diretoria apresentaram reajuste em torno de 20% nas remunerações oferecidas. Os salários podem variar de acordo com o porte da companhia e da região do País. Isso é o que aponta o Guia Salarial, levantamento anual realizado pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado em média e alta gerência.

É o caso de engenheiros, cuja procura maior está nos setores de infraestrutura e automotivo. Quem atua na área de compras e logística, como gerente, com experiência entre três e cinco anos, ganhava no ano passado de R$ 8.500 a R$ 16 mil. Hoje, o teto subiu para R$ 18 mil. Essa área foi valorizada porque deixou de ser operacional para se tornar estratégica, já que é fundamental na redução de custos.

A entrada de novas empresas no País, principalmente de bens de capital focadas em máquinas e equipamentos, tem sido o grande motor da necessidade de gerente geral de venda ou diretor comercial, as primeiras contratações de uma companhia. Isso fez com que a média salarial para diretor que tenha até dois anos de experiência subisse de R$ 16 mil a R$ 26 mil para R$ 18 mil a R$ 28 mil. O gerente que ganhava até R$ 12 mil agora recebe até R$ 15 mil. Em marketing, a procura por profissionais ligados à área de inteligência de mercado e gerentes de produto fez com que o rendimento inicial subisse 15%, entre R$ 6.000 e R$ 12 mil.

Posições que antes não eram tidas como as mais requisitadas nas áreas de finanças e contabilidade ganharam destaque, caso de gerente contábil, contador, gerente fiscal e diretor financeiro. Os setores mais aquecidos são os de construção civil, petróleo e gás e bens de capital.

O contador com inglês fluente é um dos cargos mais difíceis de serem preenchidos nas companhias, avisa Marta Chiavegatti, gerente de recrutamento da Robert Half. "Por isso é bem remunerado. Às vezes, as empresas pedem alguém que fale até mais de um idioma", diz. O piso salarial de um coordenador contábil, por exemplo, pode chegar a  R$ 13 mil, dependendo do porte da empresa.

De modo geral, avalia a gerente, a mão de obra especializada no País está muito escassa. "Apesar de o ano não ser muito favorável à economia, as companhias estão se preparando para o futuro."

NA REGIÃO - No Grande ABC, segundo Marta, os salários estão próximos aos praticados na Capital, principalmente no que diz respeito às grandes empresas. "Como a região está muito próxima a São Paulo, se os salários não forem compatíveis vão fazer com que os profissionais prefiram trabalhar lá."

Por exemplo, se um diretor financeiro de uma grande empresa ganha entre R$ 22 mil e R$ 30 mil, em média, em São Paulo seu rendimento estará mais perto de R$ 30 mil e, na região, mais perto de R$ 22 mil. "Dessa forma pode prevalecer a questão da qualidade de vida, em que o profissional vai preferir trabalhar perto de casa e ganhar também um bom salário."

A Robert Half possui entre 600 e 800 vagas no Grande ABC para os cargos de média e alta gerência. Isso representa cerca de 10% do total de oportunidades que a empresa recruta.

 

 




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