Um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em setembro de 2012 quase pôs fim à carreira da pivô Dani Piedade (à direita na foto). Guerreira, ela venceu a luta contra a doença e retornou às quadras em maio. Sete meses depois, a jogadora desembarca em São Paulo com o título de campeã do mundo e uma história de superação que daria inveja a qualquer super-herói.

“Não foi fácil. Olho para a medalha e sinto nela um sinal de recompensa por tudo o que passei. Pensei que jamais voltaria a jogar handebol e viver tudo isso para mim é fantástico. Ainda não caiu a ficha, não sei muito bem o que está acontecendo, mas sei que entramos para a história”, disse ela.

Dani Piedade, aos 34 anos, é a jogadora mais experiente do grupo brasileiro. Ela está há 13 anos atuando no handebol europeu e a saudade de casa começa a apertar. “Recebemos um presente da Confederação Brasileira que é poder passar esse Natal ao lado dos nossos familiares. Isso é algo inédito para mim nos últimos anos. O que mais posso querer da vida? Ainda tem a Olimpíada, mas posso dizer que sou feliz com tudo o que eu já conquistei”, declarou Piedade.

Enquanto a pivô era cercada pelos microfones, seu pai, Francisco Tarcisio Piedade, 63 anos, observava tudo de perto. “Depois de tudo o que passou, merecia essa conquista. Espero que agora os clubes e as empresas aproveitem e invistam no handebol brasileiro para que as nossas jogadoras não precisem mais ir para fora do Brasil para sobreviver”, cobrou.

Pelo menos para a Seleção Brasileira dinheiro não vai faltar. A Confederação terá pelo menos R$ 9,4 milhões para serem gastos na preparação das equipes masculina e feminina para a Olimpíada de 2016. Os recursos vêm do Ministério do Esporte, Correios e Banco do Brasil, que são os patrocinadores oficiais da entidade.