O PMDB de Diadema definiu que vai lançar a vereadora Cida Ferreira, no sétimo mandato legislativo, para a Câmara dos Deputados e o ex-secretário de Transportes David Schmitd para disputar uma vaga de deputado estadual, em um movimento de afastamento político da administração do prefeito Lauro Michels (PV).

A sigla, por enquanto, ainda faz parte da base de sustentação do verde no Legislativo, entretanto desenha projeto político paralelo, principalmente para a eleição municipal de 2016. O processo eleitoral do próximo ano vai sinalizar se o partido terá candidatura própria a prefeito daqui três anos, se brigará pela vice de Lauro ou se vai se alinhar à oposição.

Na semana passada, houve reunião da direção da legenda para traçar planos para o pleito de 2014. E, pelo menos nos discursos, o que se viu foi vontade de se desgarrar da órbita petista – a qual o PMDB circulou entre 2001 e 2012, nas gestões de José de Filippi Júnior e Mário Reali – e, agora, do bloco liderado por Lauro.

“O PMDB vive novo momento, de lançar candidaturas próprias, como a do (presidente da Fiesp) Paulo Skaf (ao governo do Estado, na sucessão do chefe do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin, PSDB). Vamos trazer isso para Diadema. O partido não vai mais ficar à sombra de nenhuma outra sigla”, garantiu Schmitd, que foi secretário na gestão Lauro e deixou o governo após profundo desentendimento com o chefe do Executivo.

Apesar de chegar ao partido pelas mãos do presidente paulista do PMDB, deputado estadual Baleia Rossi, Schmitd não vai comandar o diretório de Diadema. Ficou definida composição de forças políticas à frente da sigla, que ainda será dirigida por Waldir Salles Lopes, o Salim, aliado de primeira hora de Cida Ferreira. A direção será compartilhada pelo grupo da parlamentar e por indicados de Schmitd.