Segundo ele, há uma ação cautelar de seqüestro de bens impetrada contra Paulo Maluf, que será mantida devido as novas provas que foram apresentadas contra o ex-prefeito. Marques revelou que as autoridades brasileiras foram comunicadas, em junho de 2003, que a Justiça da Suíça tinha autorizado a remessa dos documentos sobre a movimentação financeira de Paulo Maluf, mas ele recorreu da decisão. Caso ele perca a ação, ainda poderá recorrer à Suprema Corte do país.
Em Jersey, na Grã-Bretanha, segundo o promotor, foi mantido o bloqueio do dinheiro e as autoridades de lá ainda vão decidir quanto à remessa dos documentos. Já nos Estados Unidos, as investigações começaram em abril de 2003 e uma conta do ex-prefeito já teve o sigilo bancário quebrado.
Ainda na França, segundo ele, houve o comunicado do depósito suspeito de US$ 1,6 milhão (cerca de R$ 4,8 milhões) no nome do ex-governador Paulo Maluf. Foi feito o bloqueio de parte do dinheiro e o que se sabe, segundo ele, é que parte desse dinheiro saiu de Genebra, de uma conta do filho e da mulher de Maluf.
Pitta — Marques revelou ainda que, conforme denúncias recebidas pelo Ministério Público, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta teria utilizado esquema de propinas semelhante ao que foi denunciado contra Paulo Maluf. Pitta teria recebido 15%. A propina também chegava por meio de assessores. Ele teria recebido propinas no período de 1999 a 2000.
Marques conta que a ex-mulher de Celso Pitta, Nicéia Camargo, revelou em depoimento que a propina era paga na sala de estar da casa deles. Segundo ela, o ex-prefeito e Naji Nahas eram sócios de uma empresa off-shore que aparece na investigação da Polícia Federal. O promotor de Justiça disse que já foi pedido o bloqueio do dinheiro depositado em nome de Celso Pitta, em Zurique e Nova York.
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