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Câncer de mama em homens

Pouca gente sabe, mas os homens também desenvolvem o tumor de mama como as mulheres, embora a incidência da doença ainda seja considerada baixa

Por Leo Kahn
20/10/2011 | 00:00
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Pouca gente sabe, mas os homens também desenvolvem o tumor de mama como as mulheres, embora a incidência da doença ainda seja considerada baixa (1% dos cânceres malignos), mas vem aumentando a cada ano. Geralmente esse tipo de câncer acomete o homem de idade mais avançada, sendo mais frequente na faixa etária de 50 e 60 anos, e representa apenas 0,6% de todos os outros tipos de câncer que atingem o homem. Nos Estados Unidos, nos últimos 20 anos a incidência de tumores de mama no sexo masculino passou de 0,86 para 1,08 em cada 100 mil. Os cientistas mergulharam sua atenção nos 2.524 casos de câncer de mama nos homens e 380.856 nas mulheres, todos diagnosticados durante esse período. Comparando as informações, constataram que, nos homens, a doença vem sendo diagnosticada mais tarde que nas mulheres - aproximadamente aos 67 anos, contra 60.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde, é de que surjam cerca de 250 casos novos em todo Brasil, a cada ano. Baseado nos números de 2002, o Pará registrou o maior índice em toda a América Latina, mas hoje essa concentração está no Sul.

Os índices de cura estão diretamente relacionados ao diagnóstico, ou seja, as chances crescem à medida que o tumor é descoberto precocemente. Quanto antes for diagnosticado, melhor o prognóstico. Como na mulher, os índices de cura para o diagnóstico precoce são de 80% a 90%. Se descoberto tardiamente, o índice cai brutalmente: de 10% a 20% dos casos. 

SINTOMAS
O principal sintoma é o aparecimento de nódulo indolor na região da aréola, onde o tecido mamário se concentra, podendo provocar coceira e irritação.

Junto com o aparecimento do nódulo é comum haver queixas de descarga mamilar e sinais de disseminação local, como retração do mamilo e ulcerações.

Geralmente, atinge uma única mama. 

DICAS 

A incidência é maior em homens acima dos 35 anos, e o risco aumenta com o avanço da idade.

A presença de ginecomastia (aumento da glândula mamária no homem) como fator predisponente para o desenvolvimento do carcinoma, não está comprovada, se bem que o início e o crescimento das células tumorais devam partir desse aumento da glândula.

Os fatores hereditários não teriam a relevância observada na mulher, embora haja alguns casos esporádicos de paciente cujo pai também contraiu a doença.

A exemplo do que já se descobriu no caso do câncer na mulher, no homem também está ligado à obesidade, ao alto consumo de gordura animal e carne vermelha. Mas pode estar relacionado ainda com a questão hormonal, já que células gordurosas produzem estrogênio em ambos os sexos. Estilo de vida e meio ambiente também estão sendo alvo de novos estudos médicos.

Nos Estados Unidos, o câncer de mama tem sido mais frequente em negros. Em cada 1 milhão, 14 tiveram a doença. Essa relação cai para oito no caso dos brancos.

Outros estudos também atestam que a incidência é grande entre os judeus europeus ou seus descendentes.

O diagnóstico do câncer de mama em homens, assim como o tratamento, é muito semelhante ao realizado em mulheres.

As formas mais eficazes para detecção precoce são o autoexame mensal das mamas, o exame clínico (a partir dos 40 anos) e a mamografia (em caso de suspeita da doença).

A média de idade do câncer masculino é superior em relação ao da mulher, ou seja 61,8 anos.




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