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Ministério Público pede quebra dos sigilos de Waldomiro Diniz
Do Diário OnLine
20/02/2004 | 00:18
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O Ministério Público Federal pediu à Justiça, nesta quinta-feira, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República. O pedido é baseado em inquérito aberto pela Polícia Federal em 2001 para investigar a relação entre bingos e agentes públicos.

São investigados no inquérito o Bingo Scala; a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj); os empresários Francisco Recarrey Vilar, Antônio Vilar Maronas e Daniel Homem de Carvalho; e Waldomiro Diniz (que à época era presidente da Loterj). O pedido de quebra de sigilo, assinado pelo procurador José Augusto Vagos, também atinge Daniel Homem de Carvalho, antecessor de Diniz na presidência da Loterj.

As investigações da Polícia Federal estão concentradas nas suspeitas de irregularidades cometidas pelos bingos do Rio de Janeiro com a conivência da Loterj, responsável pela fiscalização desses estabelecimentos. Suspeita-se que as casas de jogos sejam usadas para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e do crime organizado.

Segundo o procurador José Augusto Vagos, o pedido de quebra dos sigilos de Waldomiro Diniz "se faz necessário" diante das novas denúncias contra ele. Na última sexta-feira, a revista Época divulgou o conteúdo de um vídeo gravado em 2002 que o mostrava pedindo propina ao bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em troca do dinheiro, Diniz prometia beneficiar Cachoeira em uma concorrência pública da Loterj.

Em depoimento ao Ministério Público na semana passada, Messias Antonio Ribeiro Neto, sócio do bicheiro em uma empresa de máquinas caça-níqueis, confirmou que Cachoeira ganhou um contrato para a exploração de loteria on-line no Rio de Janeiro durante a gestão de Waldomiro Diniz frente à Loterj.




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