“Fiquei tão triste quando li as notícias do Carnaval. Quase 100 pessoas foram mortas e o secretário diz que no ano passado foram mais. Isso é consolo?”, perguntou D. Eusébio, durante celebração, na Igreja de São Francisco da Ordem dos Capuchinhos, na Tijuca, com a presença de alunos de escolas públicas. Após a missa, D. Eusébio repetiu a crítica. Ele atribuiu a violência aos desníveis sociais. Garotinho não comentou as declarações.

Os governantes foram o principal alvo do sermão do arcebispo durante a missa. O prefeito Cesar Maia não compareceu, mas seu representante, o vice-prefeito Marcos Valle, ouviu de D. Eusébio que os bairros mais pobres do Rio também precisam de atenção.

Festa - As comemorações pelo 439 anos do Rio começaram cedo. Aos pés do Cristo Redentor, o casal de bailarinos Ana Botafogo e André Valadão apresentaram o balé 'Coppélia', com jovens do projeto social Dançando Para Não Dançar. A festa no principal ponto turístico da cidade teve a apresentação do Rei Momo, um grupo de samba, poesia e até bolo.

A tradicional festa de aniversário do Rio na rua da Carioca também teve muito glacê. Para lembrar a idade da aniversariante, um bolo de cinco andares com 4,39 metros de altura e de comprimento consumiu 400 quilos de farinha de trigo, 900 dúzias de ovos e 30 quilos de doce de leite.

A festa, promovida por comerciantes da rua da Carioca, contou com a presença do cantor Martinho da Vila e de tia Dodô, 85 anos, rainha da bateria da Portela. Eles foram consagrados com troféus e faixas como os mais cariocas do Rio. “Não sou o mais carioca, mas um grande carioca. Temos que assumir o Rio, a cidade que é a síntese do Brasil”, disse Martinho.