Os cientistas ainda frisaram que os medicamentos retrovirais, alvo de polêmica entre o país e organizações contra a Aids, eram cruciais para o tratamento da epidemia.
De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), 360 mil pessoas morreram na África do Sul por causa da doença em 2001, ou seja, mil pessoas por dia.
"A África do Sul sai de um período de alta contaminação pelo vírus HIV e entra em uma era que será marcada pela grande mortandade", advertiu Quarraisha Abdool Karim, pesquisadora sobre Aids da Universidade de Natal e que participa na conferência que terminará na próxima quarta-feira.
Quarraisha Abdool Karim também revelou que a elevada taxa de mortandade não quer dizer que a infecção esteja diminuindo.
"Ao mesmo tempo que aumenta o número de mortes, eleva-se a taxa de infecção e ainda assistimos ao aparecimento de novos órfãos da Aids", frisou a investigadora.
De acordo com o estudo realizado em 2002 pala Fundação Nelson Mandela, os 3% das cidades têm como chefe de família uma criança, já que os pais e avós morreram por causa da doença.
O Governo sul-africano foi objeto de críticas após decidir na última semana suspender o tratamento com Nevirapina, um retroviral que evita a transmissão do HIV da mãe para o filho.
"Chegamos a um momento crítico da epidemia, que terá implicações maiores para os que tomam as decisões", enfatizou Quarraisha Abdool Karim.
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