Umaru Yar'adua, governador do estado de Katsina (norte) e candidato do partido no poder na Nigéria, foi eleito presidente do país africano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira o presidente da Inec (Comissão Nacional Eleitoral), Maurice Iwu.

O governador Yar'adua obteve 24.638.063 votos. O general Muhammadu Buhari, candidato do partido de oposição ANPP, teve 6.605.299 votos e o vice-presidente Atiku Abubakar 2.637.848 votos, informou Iwu.

No total, 61,5 milhões de nigerianos estavam registrados para votar no sábado.

Violência - Pelo menos 200 pessoas, incluindo policiais e candidatos, morreram pela violência eleitoral na Nigéria de 14 a 21 de abril. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela UE (União Européia) em Abuja.

"Este balanço é inaceitável no que diz respeito ao direito à vida e ao processo democrático", afirma a UE em um documento com as conclusões provisórias de sua missão de observação das eleições regionais de 14 de abril e as legislativas e presidenciais do dia 21 na Nigéria.

"O uso contínuo de capangas por parte de alguns partidos políticos criou um grau significativo de medo e intimidação", acrescenta a nota da UE.

Democracia - O chefe da missão de observação da UE (União Européia), Max van den Berg, afirmou em Abuja que as eleições de 14 e 21 de abril na Nigéria não podem ser consideradas confiáveis e estão longe dos parâmetros democráticos internacionais básicos.

"As eleições federais e regionais estão longe dos critérios democráticos internacionais básicos”, disse. “Se caracterizaram pela má organização, falta de transparência elementar, provas evidentes de fraude, particularmente durante o processo de recebimento e compilação de resultados e a impossibilidade para muitos eleitores de votar", detalhou Van den Berg.