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Cestas para as novas gerações

Finais da NBA revelam evolução do esporte e do contato do público com o famoso campeonato

Por Luís Felipe Soares
02/06/2019 | 07:21
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Reprodução/DGABC


Os fãs estão de olho nas finais da NBA (National Basketball Association, ou Associação Nacional de Basquete, em tradução para o português), principal competição de basquete do mundo. A 32ª edição do torneio está sendo decidida em melhor de sete jogos entre o Golden State Warriors (Estados Unidos) e o Toronto Raptors (Canadá). O primeiro duelo, na quinta-feira, em Toronto, terminou com vitória para os Raptors, por 118 a 109. A segunda partida ocorre hoje, na mesma arena, a partir das 21h. Todos os confrontos são exibidos ao vivo pelos canais ESPN, na TV paga, e Band, pela transmissão aberta. 

Figuras como Wilt Chamberlain, Kareem Abdul-Jabbar, Larry Bird, Magic Johnson, Tim Duncan, Kobe Bryant e Michael Jordan, este último considerado o maior jogador de todos os tempos, já se destacaram nas quadras e ajudaram a modalidade a evoluir. Os últimos anos demonstraram que a revolução do jogo e da mídia ao seu redor não para, com as partidas estando mais ofensivas e plásticas do que nunca e com o público voltando a consumir os lances com empolgação (veja mais ao lado).

O jornalista Denis Botana é um dos criadores do blog Bola Presa (www.bolapresa.com.br), especializado em acompanhar a NBA desde 2007. “Claramente existe interesse maior do público muito por conta da qualidade alta nos últimos anos. A liga trouxe um escritório para o Brasil e isso fortaleceu suas ações por aqui, seja com lojas oficiais, eventos temáticos e a ampliação na transmissão na TV. Tem muita gente que não via jogos há dez anos. Hoje, você pode acompanhar várias transmissões por semana, ver as dezenas de blogs e ouvir diversos podcasts sobre o tema”, diz. 

Uma das atrações especiais é a NBA House, montada no estacionamento do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3.970. Tel.: 2197-7800), em São Paulo, até dia 16. Espaço de games, circuito de habilidades e exposições de itens fazem parte do passeio do fan day, na programação diurna aos fins de semana com ingressos entre R$ 25 (meia) e R$ 50. Na noites de jogo, as entradas custam de R$ 75 (meia) a R$ 150. A compra dos tíquetes é no site oficial www.nbahouse.com.br. 

Enquanto os Warriors sonham com o tricampeonato consecutivo e a chance de chegar ao sétimo troféu – um a mais do que o Chicago Bulls liderado por Jordan nos anos 1990 –, os Raptors aparecem pela primeira vez na final. “É uma boa novidade. Não vejo problemas do mesmo time disputar sempre a final desde que seja desafiado”, comenta. “Jogando o basquete bonito que o Warrior joga, não tem como torcer contra. Mas é bom ter um desafiante com estilo diferente, mais truncado. Fã que é fã assiste sempre, sendo que o público afastado se mostra empolgado para voltar a ver.”

Adolescentes têm demonstrado maior interesse

Os adolescentes fazem parte de grande parcela do público que acompanha a movimentação da NBA. Vitor Trazzi Marin, 15 anos, confessa que o basquete fez parte de sua vida há tempos. “Sempre foi um esporte que amei. Já participei de partidas em Jogos Escolares, por exemplo. No Brasil o esporte ainda precisa evoluir muito, mesmo que o nível esteja aumentando nas últimas temporadas.”

Fã do New York Knicks, o andreense aproveita o campeonato norte-americano para ver os maiores talentos da modalidade. “É onde estão os melhores, há mais investimentos, tem mídia muito maior. Falou em basquete, automaticamente se pensa na NBA”, explica.

O amigo João Vitor Leal Lacava, 15, gosta do time Oklahoma City Thunder e tentar aprender ao máximo com seus astros favoritos. “Meu ídolo no basquete brasileiro é o Leandrinho. Me identifiquei com o estilo de jogo dele e por jogar na mesma posição que eu jogava (armador). Já nos Estados Unidos, gostava muito do Kobe Bryant (ex-atleta do Los Angeles Lakers), porque, quando comecei a gostar de basquete, adorava ver como ele tinha seu próprio estilo de jogo e eu adorava assistir às partidas antigas.”

Parte do contato da nova geração com o basquete também ocorre por meio da franquia NBA 2K, para diferentes plataformas. “Cada jogador tem um jeito de arremessar e se mover e a reprodução é perfeita”, afirma Vitor. “Os jogos são sempre muito bons e estão cada vez mais parecidos com a realidade”, completa João Vitor. 




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