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Justiça condena 14 ex-dirigentes do Banestado
Do Diário OnLine
02/08/2004 | 20:39
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A Justiça Federal do Paraná condenou, nesta segunda-feira, 14 ex-dirigentes do Banestado envolvidos em um esquema fraudulento de remessas de dinheiro ao exterior. As penas variam de quatro a 12 anos de prisão. De acordo com a sentença do juiz federal Sergio Fernando Moro, da 2ª Vara Criminal Federal de Curitiba, investigações comprovaram que os réus enviaram mais de US$ 2,4 bilhões ao exterior, nos anos de 1996 e 1997, por meio de contas CC5 abertas em nomes de 'laranjas'.

Segundo as investigações — realizadas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal, Banco Central e CPI do Banestado —, documentos internos do Banestado revelaram que a fraude tinha o conhecimento de gerentes e diretores da instituição. Entre esses documentos haviam comunicados internos subscritos pelos gerentes e dirigidos às autoridades superiores do Banestado informando que as contas 'laranjas' seriam movimentadas por apenas 20 dias e, em seguida, seriam substituídas por outras, num procedimento para burlar a fiscalização.

Foram condenados por crimes de gestão fraudulenta e de formação de quadrilha os ex-diretores Aldo de Almeida Júnior, Gabriel Nunes Pires Neto e Oswaldo Rodrigues Batata; os ex-assessores da diretoria Alaor Alvim Pereira e José Luiz Boldrini; o ex-superintendente regional de Cascavel Milton Pires Martins; os ex-gerentes do Banestado em Foz do Iguaçu Carlos Donizeti Spricido, Clozimar Nava, Benedito Barbosa Neto, Rogério Luiz Angelotti, Alcenir Brandt, Altair Fortunato e Onorino Rafagnin; e ainda o ex-assistente de gerente Valderi Werle.

Outras seis pessoas foram absolvidas por falta de provas. São elas o ex-presidente do Banestado Domingos Tarço Murta Ramalho; o ex-diretor Sérgio Elói Druszcz; os ex-gerentes do Banestado em Foz do Iguaçu Adelar Felipetti e Wolney Dárcio Oldoni; e os ex-gerentes do banco em Nova York Ércio de Paula dos Santos e Valdir Antônio Perin.

Os acusados poderão recorrer da decisão em liberdade. Atualmente, um dos réus, Carlos Donizeti Spricido, encontra-se foragido.




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