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Região é inserida em debate entre Márcio França e João Doria; clima tenso marca novamente encontro

Governador e tucano trocam farpas sobre aliados e passado político

Fábio Martins
Do dgabc.com.br
20/10/2018 | 07:00
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Em tom outra vez acalorado, desta vez na Rede Record, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), e o ex-prefeito da Capital João Doria (PSDB), concorrentes no segundo turno na disputa ao Estado, trocaram farpas com ataques pessoais, sendo o Grande ABC envolvido em algumas situações para tratar das acusações. O tucano seguiu exaustivamente tentando associar França ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto o socialista reiterou traição de Doria ao mentor Geraldo Alckmin (PSDB) e condutas questionáveis em sua atividade empresarial.

Na introdução dos temas regionais, Doria relatou que França nomeou um “auxiliar de Lula” para o comando da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, referindo-se a Cícero Martinha (SD), ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá. O governador rebateu que Martinha é filiado ao Solidariedade e adversário do petista. “Quem nomeou um ex-ministro do Lula para presidir sua empresa foi você”, sustentou França, em relação ao ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, atualmente CEO do Lide (Grupo de Líderes Empresariais).

França lembrou, durante a resposta, que Martinha é ligado ao Grande ABC, “região com muito trabalhador”. Neste momento, o governador acusou Doria de não pagar FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e 13º salário aos seus funcionários e usar de contratos de pessoa jurídica para evitar honrar os seus compromissos trabalhistas.

Doria questionou, em outra ocasião, o governador sobre ele ter barrado informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre voos dos helicópteros da PM (Polícia Militar). O tucano alegou que o socialista fez utilização pessoal do equipamento, inclusive para ir a um shopping em São Paulo – no pedido dos deputados estaduais há a inserção de ato político realizado em Mauá, numa igreja. França descartou ter cometido irregularidades nos episódios e disse que Doria “usou várias vezes” os helicópteros da PM quando exerceu cargo de prefeito.

O tucano mencionou também reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo que aborda o uso do Palácio dos Bandeirantes para inaugurar obras inacabadas, citando unidade da Rede Lucy Montoro, em Diadema, até hoje de portas fechadas. O candidato à reeleição reforçou ideia de que Doria tem um “jeito arrogante de falar”, “elitista” e que mistura o “público e o privado”.  




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