As manobras militares anuais entre os Estados Unidos e a Coréia do Sul começaram nesta segunda-feira, apesar da oposição do regime comunista da vizinha Coréia do Norte, que as considera uma provocação capaz de fazer fracassar as negociações sobre sua desnuclearização.

Denominados "Ulchi Focus Lens", estes exercícios militares durarão duas semanas, nas quais se simulará a invasão da Coréia do Sul com a participação das tropas sul-coreanas e mais de dez mil militares americanos.

Cerca de 30 mil militares americanos estão mobilizados permanentemente na Coréia do Sul, cujo exército conta com 680 mil efetivos.

Em um sinal para acalmar as autoridades de Pyongyang, a Coréia do Sul aceitou na semana passada adiar manobras antiguerrilhas previstas ao mesmo tempo que os exercícios com as tropas americanas.

O Exército norte-coreano acusou Seul e Washington de provocação, advertindo que essas manobras militares colocavam em perigo as conversações para que Pyongyang renuncie a suas ambições nucleares.

As manobras também coincidem com a realização da segunda cúpula conjunta de ambas as Coréias desde o fim de sua guerra, em 1953. No entanto, o encontro foi adiado para outubro por causa das graves inundações sofridas pela Coréia do Norte.