Tão variado quanto o número de bancos no País é a cobrança de tarifas. O preço do principal serviço oferecido pelas instituições financeiras – manutenção de conta corrente simples – oscila até 500%. Segundo o Banco Central, o Votorantim é o que cobra menos, apenas R$ 2,50, enquanto o custo no Mercantil do Brasil é de R$ 15.

Entre os bancos voltados ao varejo – o Votarantim é focado em empresas –, a Nossa Caixa apresenta o menor custo de manutenção de conta corrente, de R$ 7,50 por mês, a metade do valor do Mercantil do Brasil e 26% a menos do que os R$ 9 cobrados pelo Unibanco, HSBC, Sudameris, ABN AMRO Real e Itaú, os bancos mais caros atualmente no País no quesito manutenção de conta corrente simples.

Entre as instituições que estão no meio do ranking se destacam a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil (R$ 8), o Bradesco (R$ 8,80) e o Santander Banespa (R$ 8,90).

Embora exista um abismo entre a tarifa mais cara e a mais barata, os custos variam de acordo com o pacote de serviços contratado pelo cliente. Muitas instituições financeiras fazem grandes parcerias com empresas e chegam a isentar os correntistas de taxas e tarifas.

Conforme publicado pelo Diário na última sexta-feira – baseado em números do Banco Central – a arrecadação com serviços cresceu 293% entre 1996 e 2006. Os bancos e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) negam que o aumento da receita seja proveniente de aumento das tarifas e atribuem o crescimento à maior utilização dos serviços bancários nesse período.

Um dos motivos que explicam as disparidades de tarifas é a ausência de regulamentação por parte do Banco Central. O único fator que regula a cobrança dos bancos é a concorrência.