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Carioca é exemplo de vida no Mundial
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
03/08/2007 | 07:04
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No dia em que o Brasil conquistou uma medalha de ouro, quatro de prata e uma de bronze na abertura das provas de natação do 3º Mundial de Cegos, o destaque ficou por conta de uma veterana das piscinas, a carioca Eliane Souza, 55 anos.

Ela já participou de pan-americano quando ainda tinha visão, em Winnipeg (Canadá), em 1967, e em seu primeiro mundial para cegos conquistou medalha de prata nos 200 m peito.

A melhor colocação da nadadora em Winnipeg foi um quarto lugar. Eliane, que treina no Clube Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, foi atropelada em 2004 e teve descolamento de retina nos dois olhos. O diabetes agravou sua situação e, no ano passado, perdeu totalmente a visão. “Não dá para descrever a felicidade de receber essa medalha”, resumiu.

Durante as provas, disputadas no Centro Esportivo Lauro Gomes, em São Caetano. foram batidos três recordes mundiais, um deles pelo espanhol Enhamed Mohamed (1min03s28), nos 100 m borboleta B1. A marca anterior (1min03s50) era do norte-americano John Morgan, conquistada na Paraolimpíada de Barcelona.

O ouro brasileiro foi garantido por Fabiana Sugimori, nos 100 m borboleta. A especialidade dela são os 50 m e 100 m livre. “Estamos tentando fazer o maior número possível de pontos para o ranking mundial, que define vaga para a Paraolimpída. Me colocaram e tentei fazer o melhor”, disse.

As outras duas medalhas de prata foram conquistadas por Pollyanne Miranda (B3), nos 200 m peito e 200 m livre, e por Carlos Farrenberg (B3), nos 200 m livre. André Meneguette (B1) obteve o bronze nos 200 m livre.

Na categoria B1, participam atletas cegos; na B2, com acuidade visual de 5 graus, e na B3, de cinco a 20 graus.

Durante as provas de natação, um auxiliar fica à beira da piscina com um bastão e toca nas costas ou cabeça do atleta para avisar o momento da virada ou chegada.




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