O corpo do jogador brasileiro Cristiano Lima Júnior, morto durante uma partida do campeonato indiano de futebol no dia 5, chegou na madrugada desta quarta-feira a Brasília. Ele foi levado ao IML (Instituto Médico Legal), onde deve ser submetido a uma nova necropsia, a pedido de sua família.

A viúva do jogador, Juliana Lima, também chegou ao Brasil nesta quarta. Ela reclamou do socorro ao atleta na Índia. "Ele ficou dez minutos no campo sem atendimento. Na ambulância não tinha oxigênio, não tinha nada".

A família de Cristiano agora pede que as autoridades diplomáticas brasileiras exijam que a Índia envie ao Brasil o coração do atleta, que ficou no país asiático. Os familiares suspeitam que a causa oficial da morte, uma parada cardíaca causada por um "esforço excessivo e excitação", não seja verdadeira.

"Meu marido não morreu de ataque cardíaco. Eu tenho provas e vou com isso até o fim", prometeu Juliana Lima.

Agressão- Ex-jogador de Vasco da Gama e Criciúma (entre outros clubes brasileiros), Cristiano Lima Júnior atuava no Dempo Sports Club, de Goa, desde outubro passado. Ele morreu durante a final da Copa da Federação da Índia. Depois de marcar o segundo gol da vitória do Dempo contra o Mohun Bagan, Cristiano foi atingido no rosto pelo goleiro Subrata Pal – que foi suspenso pela federação indiana.

Apesar de a agressão ter sido flagrada por câmeras de televisão, ainda não está esclarecido se o soco na cabeça teve ligação com a morte súbita de Cristiano.