Trata-se do primeiro atentado em série contra alvos religiosos cristãos no país – os ataques estavam restritos a mesquitas e templos muçulmanos sunitas e xiitas. A polícia local acredita que a onda de ataques contra igrejas visa desestabilizar a influente minoria cristã iraquiana.

Pelo menos duas pessoas morreram e 37 ficaram feridas nos atentados com carros-bomba contra uma igreja cristã síria, outra armênia, uma igreja de ritual caldeu e um convento cristão em Bagdá. Logo depois, um ataque semelhante foi promovido em frente à igreja Mar Polis, no bairro de Al Mohandesin, no centro de Mossul.

Ainda em Mossul, a cidade mais importante do norte do Iraque, cinco pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas com a explosão de um carro-bomba em frente a uma delegacia de polícia localizada na parte leste. Segundo o Exército americano, as vítimas são dois policias e dois civis iraquianos – além do camicase.

"Havia um motorista no carro. O veículo chegou a toda velocidade e a polícia fez disparos para tentar detê-lo. Então o carro, um utilitário de marca japonesa, explodiu antes de chegar na delegacia", relatou o capitão Nidam Mohamed.

No centro de Bagdá, pela manhã, dois iraquianos morreram e outros dois ficaram feridos na explosão de uma bomba pouco depois da passagem de um comboio americano na rua Abu Nawas, no centro.

Dentre os feridos está o motorista Mohammad Jalaf, que trabalha para a rede britânica de comunicação BBC. Ele foi atingido na cabeça por estilhaços de vidro.

Na cidade sunita de Fallujah, localizada 50 quilômetros a oeste de Bagdá, dez iraquianos morreram e outros 40 ficaram feridos em combates entre as forças americanas e milícias rebeldes. No sábado, pelo menos um iraquiano morreu e cinco ficaram feridos nos confrontos entre soldados e milicianos rebeldes.

Forças americanas realizaram nas últimas semanas vários ataques aéreos em Fallujah, alegando que os alvos eram esconderijos do jordaniano Abu Musab al-Zarqwai, considerado pelos Estados Unidos como o inimigo público número um no Iraque.