Cíntia Bortotto Titulo Recursos humanos
Quanto vale ser voluntário?
Por Cíntia Bortotto*
14/12/2015 | 07:00
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Há tempos não abordo por aqui este tema tão interessante. Afinal de contas, qual o papel do trabalho voluntário para a carreira? Os selecionadores da área de recursos humanos sem dúvida valorizam este tipo de iniciativa. Muita coisa pode ser aprendida por meio do voluntariado. Trata-se de uma importante ferramenta para desenvolver competências. Seguem algumas delas:

Comprometimento: Sendo voluntário, um dos aspectos que tende a ser desenvolvido é o comprometimento, afinal, para desempenhar esse tipo de atividade, é preciso manter um compromisso em termos de periodicidade, horário e disponibilidade de tempo. É necessário saber que outras pessoas dependem desse compromisso e, por isso, é tão importante

Jogo de cintura. Em situações de pressão ou de muitas variáveis e incertezas, temos de demonstrar flexibilidade e adotar uma postura de quem vê oportunidades ao invés de problemas. Quem tem essa característica consegue pensar em alternativas e vê soluções.

Dedicação. Quando a pessoa se dedica a uma causa, ela demonstra que acredita. O simples fato de acreditar gera uma motivação que tem como consequência a influência para que outras pessoas acreditem e se dediquem também. Essa é uma atitude bem vista, principalmente em tempos em que as pessoas pensam mais em si mesmas do que em uma causa.

O trabalho em equipe também pode ser desenvolvido quando falamos em atividades que devem ser compartilhadas ou realizadas de forma mais rápida. O fato de você depender de outra pessoa para que seu trabalho fique melhor ou mais veloz faz com que você demonstre influência, reconhecimento do outro e humildade.

Organização. Quando estamos em situações que envolvem muitas pessoas e atividades, caso de grandes eventos ou trabalhos em ONGs, temos de ser organizados, ter clareza do que é importante e do que é urgente, o que pode ser feito apenas por mim e o que é delegável. Ter capacidade de estruturar atividades e cobrar com foco no resultado que tem de ser alcançado, em geral, demonstra certa organização.

Bom relacionamento interpessoal. Facilidade em se relacionar com outras pessoas é uma das características mais importantes no mercado, e não poderia ser diferente em um evento como a Copa das Confederações. A prática da empatia, saber diferenciar o que é seu e o que é do outro são pontos importantes e que denotam aspectos que as pessoas têm de ter para demonstrar essa competência. Em geral, as pessoas com bom relacionamento interpessoal têm a capacidade de conseguir os resultados sendo muito agradáveis.

Capacidade de resolver problemas. É aspecto valorizado no mercado e pode diferenciar o profissional, pois os líderes querem em suas equipes profissionais que resolvam as situações. Para isso, é importante ter leitura do cenário, entender o impacto de cada parte do problema no todo, estruturar de forma lógica as possíveis soluções e conversar com outras pessoas para encontrar/eleger a melhor solução para o problema apresentado.

Tranquilidade para lidar com situações sensíveis. Pode ser grande diferencial para a pessoa no mercado. Isso porque encontramos ainda muitos profissionais imaturos que não conseguem fazer uma pausa para lidar com situações difíceis com tranquilidade. Para isso, é importante ter controle emocional, capacidade de análise, empatia e bom senso.

E aí, você já pensou em se aventurar num trabalho voluntário? Acredito que esse tipo de atividade pode ser grande oportunidade, seja qual for o voluntariado que você escolher. Fica a dica! Siga confiante e boa sorte

* Cíntia Bortotto é consultora em RH, psicóloga pela PUC-SP, especialista em recursos humanos pela FGV, em Dinâmicas de Grupo pela Associação Brasileira de Dinâmicas de Grupo, com MBA em Gestão de Negócios, também pela FGV. Como executiva de sucesso, atuou em grandes empresas como Otis, Unilever e Bombril - www.cintiabortotto.com.br 




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