O DEM de Santo André formalizou ata de autorização para o desligamento do vereador Toninho de Jesus, teoricamente, sem risco de perda da cadeira legislativa. O diretório considera que a manutenção de dois parlamentares – incluindo também Evilásio Santana, o Bahia – na chapa proporcional dificulta a formação do bloco de candidatos à Câmara no ano que vem. “De fato, existe essa conversa. Ele (Toninho) tem a liberação da executiva para sair (do partido). Se for do desejo dele, demos essa abertura. Agora, depende mais dele do que de nós (direção)”, alegou o presidente da municipal, Fernando Marangoni.

Com a carta de liberação, Toninho ainda continua nos quadros da sigla. Existem sondagens a outras legendas, como o PEN, mas nada sacramentado. O dirigente assegurou que “não há interesse em pedir a vaga” no Legislativo, embora não exista segurança de que, efetivada a desfiliação, suplentes ou o próprio Ministério Público ingressem com ação na Justiça Eleitoral por infidelidade partidária. “Essa garantia não podemos dar, pois não está nas nossas mãos. Nós expressamos a prioridade pela chapa. O PTB, por exemplo, tem três vereadores. Isso prejudica. Ninguém quer entrar”, acrescentou.

A avaliação interna é que a manutenção de Toninho afugente outros nomes, com menos força de voto, que serviriam apenas de escada. Após passagem de um ano no SD, o parlamentar retornou ao DEM em maio. No segundo mandato em Santo André, o vereador admitiu o diálogo sobre eventual saída com a direção, porém ratificou que permanece nas fileiras. “Não tem conversas com outros partidos visando deixar o DEM”, reforçou.

Frente a complicação para formatar a chapa, o secretário-geral da agremiação, Marcos Medeiros, citou que o DEM convocou, recentemente, correligionários para “ajudar a montar o time”. Segundo ele, “todos se comprometeram” a entrar nesta linha de contribuir para engrossar a composição de pré-candidatos à vereança. “Diante deste cenário, as pessoas que mais têm a agregar neste sentido são as que possuem mandato. Na hora dessa abertura (de espaço no gabinete) houve divergência (com Toninho). Achamos por bem que ele busque outra legenda que fosse mais conveniente.”