O misto de alegria e descontentamento marcou a manhã de comemorações pelos 462 anos de São Bernardo. Da procissão ao desfile cívico-militar, a programação proporcionou aos presentes mistura de fé por dias melhores com o orgulho de pertencer à cidade.

As festividades começaram com procissão com a imagem do padroeiro da cidade da Praça Lauro Gomes até a Igreja Matriz do município, onde foi celebrada missa pelo bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini.

Após a celebração, teve início o desfile cívico-militar. Multidão de pessoas lotou as calçadas da Rua Marechal Deodoro para observar os soldados do Tiro de Guerra, homens das policias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros.

Nascido em São Bernardo, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) diz que apesar da alegria o atual momento do município é preocupante. “Nós somos a cidade do automóvel, da indústria e do desenvolvimento. Passamos por uma situação difícil por conta desta crise que o PT (Partido dos Trabalhadores) e a presidente Dilma (Rousseff)levaram ao País. Nosso município é um dos que mais sentem.”

Apesar da comemoração, muitos moradores aproveitaram para lamentar as dificuldades que o município enfrenta. Residente de São Bernardo há 40 anos, o aposentado Osvaldo Rui de Azevedo Marques, 67 anos, destaca as obras paradas. “Sempre que chove há enchentes. A construção dos piscinões que aliviariam este problema está a passos lentos.”

O vendedor José do Carmo Ribeiro Magalhães, 62, gosta de viver no município, mas ressalta as más condições da Saúde. “É preciso melhorar. Apesar das boas instalações, faltam médicos e remédios.”

Mesmo com os problemas citados por outros moradores, a dona de casa Maria Aparecida Mendes, 60, não se mudaria. “É um ótimo lugar para morar.”