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Leopoldo Pacheco: talento onipresente
Por Luiz Almeida
Da TV Press
20/02/2006 | 08:25
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Há pouco mais de três meses no ar como o romântico Cemil em Belíssima, da Globo, Leopoldo Pacheco mostra-se um tanto surpreso. O motivo é a repercussão gerada por seu personagem na trama de Silvio de Abreu. Embora não seja o galã da novela, o ator confessa que fica impressionado com o assédio do público, que a todo momento gosta de lhe dar os mais variados conselhos. O principal deles, por exemplo, é tomar cuidado com o romance que mantém com a Mônica, interpretada por Camila Pitanga. “O mais engraçado é que todos morrem de pena dele. Eles chegam até a me confortar, como se eu fosse um amigo íntimo”, diz, entre risos.

Em seu terceiro trabalho na TV (ele estreou na minissérie Um Só Coração, da Globo, e protagonizou o remake de A Escrava Isaura, da Record), Leopoldo está bastante satisfeito por participar de sua primeira novela das oito. O ator, contudo, não está tendo muito tempo para curtir a temporada no Rio, já que tem gravado num ritmo bastante intenso. “Como freqüento vários núcleos, gravo direto. Às vezes, não posso sequer passar o fim de semana na minha casa em São Paulo”, afirma. Apesar da correria, Leopoldo não tem do que reclamar. Afinal, Cemil possibilita ao ator ressaltar vários elementos que ainda não havia feito na TV. “Ele é um cara mimado pela mãe, que não se conforma com o fato de ter sido abandonado pela ex-mulher. É muito diferente do Leôncio em A Escrava Isaura, o que é ótimo”, compara.

PERGUNTA: É sua primeira novela das oito na Globo. Como tem sido a repercussão nas ruas?

LEOPOLDO PACHECO: É incrível. Uma novela das oito proporciona uma visibilidade louca, pois tem um alcance muito abrangente. O assédio é muito maior. E isso se reflete nas abordagem dos telespectadores. O mais interessante é que as pessoas que me param nas ruas são para falar que gostam muito do Cemil, que é íntegro, correto. Acontece, porém, que muitas têm pena dele. É engraçado ser confortado pelo público.

PERGUNTA: Além de Belíssima, você também está no ar com a reprise de A Escrava Isaura, da Record. O público reconhece você como o Leôncio?

PACHECO: Sem dúvida. Mas o mais interessante é que são personagens muito diferentes entre si e algumas pessoas não os diferenciam, não percebem que são distintos. Um é muito mau e o outro é muito bom. Às vezes, penso que estão falando do Cemil, mas, na verdade, estão comentando sobre o Leôncio. Fazem a maior confusão.

PERGUNTA: O Cemil, aliás, é o oposto do vilão Leôncio em A Escrava Isaura. Foi difícil mudar da água para o vinho?

PACHECO: A gente sempre tem uma pequena ‘biblioteca’ guardada na memória. Todos nós, atores, temos um repertório de personagens para nos inspirar na hora de compor os mais variados papéis. Além disso, o fato de a trama se passar em São Paulo e por eu também ser paulistano facilita o trabalho de composição. Me sinto até mesmo mais à vontade para interpretá-lo, já que conheço a realidade da cidade.

PERGUNTA: Ter feito o Leôncio, aliás, abriu as portas para você entrar em Belíssima?

PACHECO: É claro que ter feito o personagem na novela da Record foi um dos motivos que me levou à Globo. Mas também tem todo o meu trabalho no teatro ao longo de 25 anos de profissão. Além disso, Silvio de Abreu, que me conhece dos palcos, disse que estava escrevendo um personagem para mim na sua próxima novela e me queria no elenco. Foi uma junção de vários fatores, acredito.

PERGUNTA: Com 25 anos de carreira no teatro, o Cemil é seu terceiro trabalho na TV. Qual avaliação você faz dessas participações?

PACHECO: Não tenho do que reclamar. Pelo contrário. Tenho muito orgulho de todos os três. Fiz um bom personagem em Um Só Coração, gostei muito do Leôncio de A Escrava Isaura e agora tenho a oportunidade de fazer outro bom papel. O Leôncio, por exemplo, tinha uma paixão doentia por Isaura e isso era muito legal de destacar na hora de interpretá-lo. Já o Cemil é um cara do bem, trabalhador, romântico, que procura ser bastante correto na vida.



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