A Copa América acabou de vez para Neymar ontem. A CBF, em conjunto com comissão técnica e jogador, decidiu não recorrer da punição da Conmebol que suspendeu o camisa 10 por quatro partidas por conta dos cartões amarelos, da expulsão e das atitudes após o fim do confronto com a Colômbia. O prazo final para apresentar a defesa é hoje.

Com isso, Neymar sequer voltou à concentração da Seleção Brasileira e, em avião particular, partiu de Santiago, capital do Chile, rumo a São Paulo. De lá, foi para Itanhaém, no Litoral, e, em seguida, para o Guarujá, onde começou a curtir férias com a família.

“É complicado treinar sem ser para alguma coisa. Todos que estão aqui estão treinando para jogar, em busca do título, como eu vinha treinando. A Copa América para mim acabou e não tinha por que eu estar aqui. É motivo de tristeza. Ia me matar por dentro”, justificou Neymar antes de voar para o Brasil.

A dispensa de Neymar se deve também ao fato de que a CBF obteve informações de que dificilmente a punição ao jogador seria abrandada. Em seu site, a entidade publicou nota cutucando a Conmebol.

“A comissão técnica e o jogador esperam que o mesmo rigor com que a Conmebol puniu Neymar seja adotado em todas as competições organizadas pela entidade”, disparou.

Além disso, a dispensa será importante para as relações da CBF com o Barcelona. Em 2016, o descanso físico do atleta será necessário, pois, além da Copa América especial de centenário, serão disputados os Jogos Olímpicos e também terão início as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. No entanto, em algumas oportunidades, o clube catalão pode não ser obrigado a liberar o jogador e, por isso, a dispensa de ontem pode ter sido utilizada como moeda de troca pela futura boa vontade do Barça.