Setecidades Titulo Recurso hídrico
Billings tem água boa em 10 pontos

Laudo das duas primeiras semanas de expedição na represa fez análise em 40 locais diferentes do reservatório, no Grande ABC

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
15/04/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Menos da metade dos pontos analisados nas duas primeiras semanas da Expedição Billings apresentaram qualidade satisfatória da água para captação: de 40 áreas analisadas, apenas dez foram avaliadas como boas. O projeto, idealizado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), tem como objetivo traçar detalhado diagnóstico ambiental de um dos mais importantes reservatórios da região metropolitana do Estado e que tem sido visto como a salvação no enfrentamento à crise hídrica.

Os 113 quilômetros iniciais foram percorridos em Rio Grande da Serra e em partes de Ribeirão Pires, Santo André e São Bernardo. São verificados, entre outros parâmetros, o pH (potencial hidrogeniônico, que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade), turbidez e o OD (Oxigênio Dissolvido). Nos pontos onde a análise foi positiva, quatro estão situados no município andreense, um em território ribeirão-pirense e cinco na cidade são-bernardense.

Foram constatados ainda 16 locais com qualidade regular; 13 ruins e um péssimo – no bairro Jardim das Orquídeas, em São Bernardo. Em três pontos – entre os quais área próxima ao Parque do Pedroso, em Santo André – foi encontrado um tipo de bactéria chamado Enterococcus, causador de doenças gastrointestinais.

A expedição vai até 15 de maio e a expectativa de bons resultados não é das melhores. “Depois da barragem da (rodovia) Anchieta, já começou a piorar e isso acontece por conta da ocupação irregular, que vai assoreando o corpo d’água”, fala a bióloga e professora da USCS Marta Ângela Marcondes, que integra a equipe técnica do projeto.

“Percebi que em Santo André tem um ponto que não tinha ocupação em 2010. Em São Bernardo também”, comentou o ecoesportista Dan Robson, que percorre diariamente o manancial para a expedição.

“Se a gente não fizer um trabalho de repor áreas e de educação ambiental, corremos o risco de perder a capacidade do reservatório”, alertou Marta. 




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