Política Titulo Santo André
Hoje no SD, Avamileno teme que eleitor o vincule ao PT

Ex-prefeito volta às urnas fora do petismo e aposta na recuperação do legado do governo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/11/2020 | 00:28
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Ex-prefeito de Santo André, João Avamileno (SD) disputa sua primeira eleição fora do PT, partido que ajudou a fundar e no qual ficou filiado por quase 40 anos. O vínculo com o petismo é algo que tem merecido atenção em sua campanha. “Há o receio de que o pessoal vai votar em mim apertando o 13. Temos reforçado que estou no Solidariedade, partido que muito bem me acolheu e cuja sigla é 77.”

Avamileno admite que a saída do petismo ainda não foi totalmente digerida, em especial por ter sido alijado por completo das discussões sobre o futuro da sigla na cidade. Ele chegou a se colocar à disposição para ser o prefeiturável do PT neste ano, depois inclinou apoio ao empresário Erick Elói (hoje no Avante). O partido escolheu a vereadora Bete Siraque (PT).

“Eu até achei que pudesse ter alguma dificuldade, mas não estou encontrando nenhuma resistência nas ruas. Não ouvi questionamento sobre o fato de eu ter saído do PT. É algo que me surpreendeu. Quando falo que sou o Avamileno, o eleitor costuma parar, me ouvir, pegar meu papel com as propostas”, comentou. “Depois que eu saí, houve gente do PT que me procurou para ser vice (da Bete). Eu já tinha firmado compromisso com o Solidariedade, com o (Cícero) Martinha (presidente da sigla na cidade). Não abro mão de compromisso que assumi.”

Hoje com 76 anos, Avamileno foi prefeito de Santo André entre 2002 e 2008. Ele chegou ao cargo depois da morte de Celso Daniel, de quem era vice. Em 2004, foi reeleito – a última reeleição de um prefeito em Santo André – em um pleito acirrado contra o também ex-prefeito Newton Brandão (morto em 2010).

“As pessoas que lembram do meu governo falam que eu fui um bom prefeito. Se eu fosse mais arrojado, sinto que teria muito mais reconhecimento nas ruas. Mas é o meu jeito, cada um tem seu jeitão de ser. Acho mesmo que fiz um bom governo, fui sincero, deixei R$ 50 milhões em caixa para meu sucessor (Aidan Ravin, hoje no Republicanos). Atuei muito nas questões sociais. Estou procurando resgatar isso junto ao eleitor”, considerou.

O ex-chefe do Executivo, que tem sua nora, Melissa Manfrinato (SD), como vice, admite que a campanha atual é mais modesta na questão financeira na comparação com os projetos eleitorais de quando ele estava no PT. Mas, para ele, a pandemia de Covid-19 também pesou. “Gosto do contato com o eleitor, de estar nas ruas e tudo isso tive que reduzir. Mas temos expectativa de chegar ao segundo turno.”  




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