Setecidades Titulo
Chuva provoca alagamentos e deslizamentos no ABC
Por Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
06/03/2004 | 15:45
Compartilhar notícia


A chuva forte que atingiu o Grande ABC neste sábado à tarde provocou deslizamentos de terra em Rio Grande da Serra, que voltou a entrar em estado de alerta, e em Ribeirão Pires, que continua em estado de atenção. Em Rio Grande da Serra, um imóvel foi parcialmente destruído na Vila São João. Em Diadema, a força das águas derrubou um muro e causou danos em uma casa na avenida Almiro Senna Ramos, no bairro Taboão. Várias ruas nas imediações foram inundadas com o transbordamento do córrego Taboão. Não houve feridos na região.

O ribeirão dos Couros, em São Bernardo, também transbordou, atingindo o Km 13 da via Anchieta, que teve duas pistas centrais e a pista marginal Norte, em direção a São Paulo, interditadas entre 14h30 e 15h. O incidente causou 4 km de congestionamento em cada via. Por volta das 18h, a pista Sul, sentido Baixada, foi liberada.

Em Rio Grande da Serra, o deslizamento de uma encosta, que destruiu parcialmente um imóvel na rua Piauí, na Vila São João, obrigou à remoção dos moradores para a casa de parentes. Em Ribeirão Pires, houve deslizamentos nos jardins Alvorada e Pastoril, também sem vítimas. Até as 19h, a Defesa Civil do município ainda fazia o levantamento dos estragos.

Em Diadema, a família da dona de casa Marlene Bernardo de Sousa Santos, 47 anos, perdeu quase tudo com a queda do muro de uma borracharia em construção ao lado de seu imóvel, na avenida Almiro Senna Ramos — cujo asfalto, em alguns trechos, já foi comprometido pela erosão causada pela água do córrego Taboão.

“Entrou muita lama e a água chegou a atingir um metro de altura, mas ninguém se feriu. Perdemos alimentos, roupas e eletrodomésticos”, contou Marlene, que mora com o marido e três filhos.

Os moradores da rua Comendador José Silva Araújo, uma travessa da avenida Senna Ramos, passaram por situação parecida. O comerciante Primo Eloi da Silva, 45 anos, disse que perdeu R$ 300 em mercadorias. A dona de casa Margarida Clarice Silva Pontes, 43, também teve prejuízos. “Perdi meu computador, sofá e carpete. É a segunda vez que sofremos uma inundação dessas, a primeira foi em fevereiro”, disse.

Na rua Pascoal Laurindo, no Jardim Campanário, pelo menos 15 casas foram invadidas pela água. A agente escolar Claudemira Maria de Jesus, 51 anos, e outras dez famílias moradoras da rua Sicômoro, tiveram suas casas alagadas. “De repente, me vi sem nada para comer e sem colchão para dormir”, lamentou Claudemira. Em sua casa, a água subiu um metro e meio.

Em Santo André, a chuva não causou grandes estragos segundo a Defesa Civil. Uma árvore caiu na rua Adriático, sem vítimas. Foram registrados alagamentos na avenida 31 de Março, que ficou congestionada na pista sentido Anchieta.

Em São Caetano, na avenida Guido Aliberti, entre a rua São Paulo e a avenida Goiás, a água atingiu cerca de 50 cm de altura. A Defesa Civil de Mauá atendeu a uma ocorrência de queda de um muro na rua América do Sul, 1.608, no Parque das Américas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;