"Os iraquianos fizeram grandes avanços. Os membros do Conselho de Governo mantêm um debate livre e animado para preparar um novo marco (legal) para governar seu país", disse Bush em seu programa semanal de rádio, transmitido de seu rancho de Crawford, no Texas (sul).

"Esta lei administrativa transitória protegerá os direitos de todos os iraquianos e fará o país avançar para um futuro democrático", acrescentou.

Os dirigentes iraquianos adiaram novamente esta sexta-feira a assinatura da Constituição provisória, devido às divergências sobre um de seus artigos. A previsão é de que as conversas para chegar a um consenso sejam retomadas hoje, sábado.

Em seu programa, Bush também condenou os atentados que deixaram mais de 170 mortos em Kerbala e Bagdá na terça-feira.

"Alguns dos assassinos por trás destes ataques são partidários do antigo regime de Saddam Hussein. Outros são terroristas estrangeiros. Todos estão determinados a deter e fazer retroceder os avanços conseguidos no Iraque para a liberdade", avaliou.

O presidente dos EUA comentou que estes ataques fazem parte de um plano exposto numa carta interceptada pelos serviços americanos de inteligência, escrita por um suposto membro da rede Al-Qaeda, um jordaniano chamado Abu Moussab al-Zarqaoui.

Segundo Bush, este plano procura "dividir o Iraque, fomentando a violência étnica, minar as forças de segurança iraquianas, desmoralizar nossa coalizão e impedir a emergência de um Governo soberano e democrático".