Economia Titulo Índices
IPCA atinge menor patamar desde 2009

Janeiro encerrou com alta de 0,55%; despesas com transporte e vestuário são responsáveis

Por Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
08/02/2014 | 07:07
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A inflação para as famílias com renda entre um (R$ 724) e 40 salários-mínimos (R$ 28.960) atingiu o menor patamar dos últimos cinco anos. Em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços variaram, em média, 0,55% no País. Considerando somente o primeiro mês dos anos, apenas 2009 teve resultado inferior, com alta de 0,48%. Em relação a dezembro, houve decréscimo de 0,32 ponto percentual.

Ontem, o IBGE publicou a informação por meio do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Este é o índice considerado como oficial do Brasil. Em 12 meses encerrados no fim de janeiro, a inflação atingiu 5,59%, menor percentual para o período desde 2010, quando estava em 4,59%.

Na avaliação do professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo e coordenador do Observatório Econômico da instituição, Sandro Maskio, o resultado reflete os esforços do governo federal em conter o avanço dos preços às famílias. “Principalmente no que se refere aos preços administrados”, destacou.

Outro aspecto que contribuiu para que o resultado de janeiro ficasse abaixo dos registros do mesmo mês dos anos anteriores, foi o endividamento do consumidor em 2013, avaliou o professor de Economia do Insper Otto Nogami.

“À medida que os preços sobem, o endividamento das famílias aumenta junto com o encarecimento do crédito, e o poder de compra se reduz. Então, em janeiro, as pessoas deixaram um pouco de lado o consumo. E é a lei da oferta e da demanda, há um impacto nos preços”, explicou Nogami.

MENOR - Segundo a gerente do IPCA, Irene Machado, os principais grupos de despesas que deixaram a inflação de janeiro mais amena que a de dezembro foram vestuário (-0,15%) e transporte (-0,03%).

“A passagem aérea teve bastante destaque”, disse Irene, explicando que o serviço passou de inflação de 20%, em dezembro, para deflação de 15% no mês passado. Ela acrescentou que a gasolina também apresentou desaceleração, de 4,04% para 0,60%.

“Os vestuários estão influenciados pelas promoções da época”, disse Irene. Segundo a especialista, a maioria dos itens teve deflação.

Alimentação e bebidas (0,84%), artigos de residência (0,49%) e comunicação (0,03%) desaceleraram. Habitação (0,55%), saúde e cuidados pessoais (0,48%), despesas pessoais (1,72%) e educação (0,57%) aceleraram.
 




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