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Colegas querem punição de vereador em São Caetano
Por Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
29/03/2002 | 00:15
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Vereadores de São Caetano afirmam que o colega Fábio Palácio (PL) deve ser punido pelo fato de sua assessora particular Elaine Campos ter usado o carro oficial da Câmara Municipal para entregar colomba pascal a uma diretora da escola Eda Montoaneli.

Para o líder da bancada do PL na Câmara, Gilberto Costa, a advertência ao parlamentar é uma forma de os funcionários da Casa compreenderem o prejuízo de uma atitude incorreta.

Na avaliação do líder da oposição, vereador Horácio Neto (PT), todos os vereadores da Casa devem cumprir as determinações que regulamentam o uso dos veículos. “Esses últimos acontecimentos deixaram o Poder Legislativo muito mal perante a opinião pública. Se o abuso for caracterizado, alguma medida deve ser estabelecida”, afirmou.

O líder do PL não considera “anormal” o erro da assessoria de Palacio, mas acredita que a presidência deve advertir o vereador. “Infelizmente ele deve ser punido para que isto não aconteça mais”, disse.

A Portaria 5.763 determina em seu artigo 2º que os carros oficiais só podem ser dirigidos pelo vereador e demais funcionários lotados no gabinete. Além disso, o artigo 12º prevê que os vereadores poderão perder o direito ao uso do veículo se descumprirem as normas estabelecidas no documento.

O documento foi assinado pelo presidente da Câmara, Flávio Rstom (PTB), e subscrito pelos demais 20 parlamentares da Casa em 2 de janeiro de 2001.

Na quarta-feira, o Corsa Sedan placas BNZ 5869, de responsabilidade de Palacio, foi flagrado com a assessora particular na direção do veículo. A assistente não é funcionária da Câmara, apesar de prestar serviços no gabinete do vereador. Na versão de Palacio, Elaine usou o veículo sem sua autorização para ir almoçar com o assessor Julio. Na volta, Julio pediu a Elaine passar na escola para retirar um documento e entregar uma colomba.

Nesta quinta, Palacio disse tomou duas providências para evitar a reincidência no mesmo erro. Segundo ele, sua assistente particular ficará em seu escritório político que será inaugurado no final da próxima semana. Já o assessor Julio só prestará serviços internos no gabinete.

O vereador também admitiu que, indiretamente, cometeu um erro através de seus assessores. Mas vai acatar uma advertência caso seja punido. “Já que houve o erro, quero que a punição sirva de exemplo para que não aconteça novamente”, disse.

Até as 20h desta quinta, o presidente Flávio Rstom não retornou os recados da reportagem para comentar o fato e antecipar o que deverá fazer.




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