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Jardim Laura é infestado por ratos, pernilongos e baratas
Angela Martins
Especial para o Diário
29/03/2006 | 08:24
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Os moradores da rua Santa Cecília, no Jardim Laura, em São Bernardo, já não agüentam mais a proliferação de ratos e insetos no bairro. Os bichos viriam de córrego que passa em frente das casas. A comunidade reclama que, desde agosto do ano passado, pedem para a Prefeitura serviços de capina e desratização no local. Duas pessoas teriam sido contaminadas por leptospirose devido à multiplicação dos ratos.

“A Prefeitura sempre dá prazo de um mês para realização dos serviços, mas não dá para agüentar, são ratos, pernilongos e baratas demais”, reclama a secretária da Sociedade Amigos do Jardim Laura e do Parque Alvarenga, Patrícia Almeida, 30 anos. “Os ratos sobem nas telhas, que chegam a trincar com o peso, de tão grandes eles são”, relata Patrícia.

Em dia chuva, a rua se transforma em grande lamaçal, repleto do esgoto que sai das casas e é jogado no córrego. “Em dia de chuva, não dá nem para andar por aqui”, revolta-se a dona-de-casa Silvana Pereira Nunes, 28 anos. A principal preocupação das donas-de-casa, entretanto, é o perigo que os ratos podem representar para as crianças. “É muito perigoso para as crianças ficarem brincando por aqui. Duas pessoas já pegaram leptospirose, se não ficarmos de olho, as crianças podem ficar doentes também”, alerta Silvana.

Nem os móveis estão a salvo do ataque dos ratos. A dona-de-casa Valdenice Gama da Silva, 39 anos, teve seu armário de cozinha destruído pelos roedores. “Eles comeram todo o fundo do armário, roeram as portas”, relata. Todos os alimentos da família são estocados na geladeira, o único lugar que os animais não conseguem entrar.

No último dia 10, os moradores entraram em contato com a Prefeitura, por meio de uma carta enviada à Secretaria de Habitação. Pediram resposta acerca da pavimentação da área, já que as vielas do bairro são de terra, mas ainda não tiveram retorno.

A Prefeitura informa que enviará uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos para avaliar as reclamações feitas pelos moradores sobre o corte do mato. Em relação à desratização, o Centro de Controle de Zoonoses informa que o córrego está na programação de desratização, que é feita nos diversos córregos da cidade a cada três meses. A administração afirma ainda que o secretário de Habitação e Meio Ambiente, Ademir Silvestre, esteve no Jardim Laura no dia 11 de março, onde se reuniu com comunidade e. Ele teria explicado que, por se tratar de área de manancial, qualquer benfeitoria, a exemplo do asfalto, deverá ter autorização da Promotoria de Meio Ambiente e de órgãos ambientais ligados ao Estado. (Supervisão de Adriana Gomes)



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