Setecidades Titulo Santo André
Homero Thon e Pedro
Américo serão urbanizados

Intervenções têm prazo de 21 meses para conclusão; início
dos trabalhos depende de mudança para o Conjunto Juquiá

Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
13/09/2012 | 07:00
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As favelas Homero Thon e Pedro Américo, às margens do Córrego Cassaquera, em Santo André, receberão obras de urbanização no valor de R$ 5,7 milhões. As intervenções, que têm prazo de 21 meses para conclusão, preveem implantação de ruas e vielas, pavimentação, calçadas, redes de água e esgoto, drenagem, contenção e estabilização de solo, readequação e requalificação habitacional, iluminação pública, paisagismo e regularização fundiária.

A Prefeitura publicou nesta semana edital que anuncia a empresa vencedora do certame, Tecla Terraplanagem e Construções Ltda., que executará as intervenções nos núcleos. O problema é que o início da primeira etapa de obras depende da saída das 132 famílias que serão beneficiadas com unidades do Minha Casa, Minha Vida no Conjunto Juquiá/Londrina, na Vila Linda, que começaram a ser erguidas em novembro de 2010 e deveriam ter sido entregues, inicialmente, em novembro do ano passado.

A conclusão já atrasou três vezes e não há data de entrega definida. Os apartamentos estão prontos, mas a Prefeitura diz que a Caixa Econômica Federal é quem deve definir a mudança das famílias. A instituição, por sua vez, afirma que a AES Eletropaulo não concluiu a instalação elétrica no local. Por fim, a companhia rebate, afirmando que depende da Prefeitura para terminar o serviço.

Enquanto isso, famílias como a da dona de casa Milena Araújo, 24 anos, que tem dois filhos pequenos, convivem com o lixão que se transformou o córrego, ao longo do qual estão localizadas as residências que serão removidas para a urbanização. "Tenho medo que meus filhos fiquem doentes com esse cheiro. Fora os mosquitos e ratos que entram na casa da gente, é horrível." Ela aguarda mudança para o Minha Casa, Minha Vida, prometida primeiro para junho e, agora, conforme ela, para dezembro.

A cabeleireira Francisca Duarte, 32, também deve deixar a favela, mas está preocupada. "Vou ficar sem meu salão, que é o sustento dos meus dois filhos. Isso a Prefeitura não resolve."

QUEM FICA

Entre os que irão permanecer na comunidade, a expectativa é de melhorias. "Espero que com as obras, o córrego fique mais limpo e valorize a casa da gente", disse um dos líderes dos núcleos, o eletricista Edgar Martins de Lima, 64.

Os irmãos Sonia Maria de Paula, 49, e Orlando José de Paula Lourenço, 51, que chegaram ao terreno há 25 anos para ocupá-lo, já ouviram muitas promessas ao longo do tempo em que estão ali. "Só acredito mesmo quando começarem as obras", disse Sonia.




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