A participação do Grande ABC no comércio eletrônico nacional caiu, mas o volume de compras nas sete cidades aumentou no primeiro semestre de 2005. Hoje a fatia da região equivale a 2,2% do volume das vendas virtuais no país no período, percentual inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que era de 2,5%, de acordo com a e-bit, empresa de pesquisa, marketing e tecnologia on-line que mede o comércio realizado na internet de bens de consumo (exclui passagens aéreas, leilões virtuais e vendas de veículos) em cerca de 440 lojas de web no Brasil.

Embora a participação percentual tenha registrado queda, o volume das compras dos chamados e-consumidores da região registrou crescimento de 15% no período. Foram R$ 21,3 milhões nos primeiros seis meses do ano, de um total de R$ 974 milhões no país contra R$ 18,449 no primeiro semestre de 2004, de um total nacional de R$ 745 milhões.

"O volume de compras pode ter aumentado no Grande ABC, mas a queda da participação da região no e-commerce demonstra que pode ter havido uma consolidação do público que compra pela web, bem como a entrada de novos internautas de outras regiões do país no comércio eletrônico", afirma Pedro Guasti, diretor geral da e-bit.

A opinião é compartilhada por Cid Torquato, diretor-executivo da Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico), que diz que nos últimos três anos, o crescimento do setor de agrobusiness impulsionou o comércio de cidades do interior do país. "Isso fez com que consumidores, que não eram compradores convencionais da internet, descobrissem o e-commerce, que traz lançamentos de produtos, artigos de luxo e itens de vanguarda, que muitas vezes não são encontrados em lojas de cidades do interior", afirma.