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Diagnóstico do trânsito de Santo André orientará leis
Andrea Catão
Do Diário do Grande ABC
02/12/2005 | 08:12
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Santo André deu início a uma pesquisa com a população do município que servirá de base para o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana, que deve ter a primeira etapa concluída no primeiro semestre de 2006. Motoristas, pedestres e usuários do sistema público de transporte já estão sendo abordados pelos pesquisadores nas vias públicas para indicar, entre outras coisas, a origem e o destino das viagens. O diagnóstico a ser produzido vai orientar as políticas a serem adotadas pelo município para os próximos dez anos e consta do Plano Diretor de Santo André. A intenção é que o diagnóstico sirva de subsídios para criação de leis municipais específicas.

O coordenador-geral da pesquisa, o engenheiro especializado em transportes Agenor Cremonese Júnior, diz que será avaliado todo o conjunto de mobilidade da cidade: transporte de carga, de passageiros, veículos de passeio, pedestres, pessoas que tenham a mobilidade reduzida e até aquelas que estão excluídas do sistema de transporte. “Vamos analisar todos os indicativos de qualidade em mobilidade e, depois de concluído o diagnóstico, orientar leis e programas a serem implementados pela administração pública”, afirma Cremonese.

Para produzir os indicadores de qualidade, os pesquisadores vão entrevistar não só os moradores da cidade, mas os que estiverem em trânsito. “Temos uma pesquisa que indica que 70% dos veículos que trafegam pela cidade não são de Santo André, mas estão de passagem.” Segundo o engenheiro, porém, esse estudo é feito com base nas infrações de trânsito cometidas no município. “Esses números nos dão uma pista, mas não são confiáveis. A pesquisa vai estabelecer com mais precisão esses indicadores.”

Outros pontos a serem objeto de estudo diz respeito à segurança e à fluidez no trânsito. No caso de acidentes, a intenção é fazer um diagnóstico detalhado das causas das ocorrências. Os atuais números de que o município dispõe diz respeito a horários e vias com maior índice de acidentes. “Tentaremos estabelecer as causas. No caso de um atropelamento, por exemplo, qual foi a causa do acidente; se o motorista ou o pedestre estava embriagado, se a via estava mal sinalizada, se havia falha na iluminação. A partir desse levantamento, será possível dirigir uma campanha específica para aquele tipo de acidente.”

O coordenador-geral do plano diz ainda que o estudo vai permitir, a partir do diagnóstico da situação atual, fazer projeções a longo prazo. “O objetivo da pesquisa é justamente fornecer as bases para o desenvolvimento de políticas a serem adotadas nos próximos dez anos.” Ele acrescenta que a intenção é de que o estudo de mobilidade seja finalizado no primeiro semestre de 2006. Com isso, a administração municipal terá condições de elaborar leis que contribuam para a melhoria do sistema, além de implementar programas. O plano de mobilidade visa a indicar como reduzir acidentes, as obras necessárias para aumentar a fluidez no trânsito, se o transporte público atende às necessidades da população, bem como incluir os que ficam de fora do sistema.




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