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S.Bernardo abre festa na Aldino Pinotti
Por Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
17/02/2007 | 21:59
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Começam neste domingo os desfiles do Carnaval de São Bernardo. No sambódromo, as escolas pleiteantes e do Grupo II. Apesar dos parcos recursos, as agremiações prometem surpresas na primeira noite de festa. O esforço e a criatividade tomaram conta dos barracões nas periferias da cidade; as agremiações, que sonham com o grupo de elite, se fizeram grandes na empolgação e no empenho.

A folia começa às 18h30 na Aldino Pinotti, com a apresentação da corte do Carnaval. Às 19h, a pleiteante Oásis inaugura a passarela com um dos enredos mais originais da festa deste ano. A escola do Jardim Silvina vai lembrar o Carnaval antigo. Época em que a burguesia trocou a batucada das ruas pela festa trancafiada dos salões, feita de instrumentos de sopro, máscaras e belas fantasias.

“Os populares foram discriminados. E depois dominaram as ruas. Hoje, são os verdadeiros donos da festa”, diz o presidente da Oásis, Idalmo Brandão.

A Acadêmicos da Vila Vivaldi aposta na história dos transportes no Brasil; a Unidos da Vila Rosa homenageia a Bahia. A Acadêmicos da Vila Baeta Neves, rebaixada em 2006, vai exibir as delícias do verão tropical.

A Império do Jardim Lavínia é a primeira escola do Grupo II a desfilar e traz a força da natureza. A Tradição da Vila exibe o enrendo do carnavalesco paulistano Mário Sérgio Cardoso, com as invenções que mudaram a história, da roda à fotografia. “Caprichamos bastante. O ponto alto, com certeza, vai ser nossa comunidade”, avalia o diretor da escola da Vila Ferreira, Sandro Liberato da Silva.

Também com o apoio maciço do bairro, a Gaviões do Morro tem quase 30 anos de Carnaval e surgiu como um tímido, mas animado, bloco dos moradores da antiga favela do DER. Os personagens infantis, bonzinhos e malvados, vão colorir o sambódromo; vale reparar nas baianas, que representam as fadas do mundo encantado.

Mágica ainda promete ser a bateria do mestre Marquinhos Lisa. Nos ensaios, já mostrava ser uma das melhores do Carnaval de São Bernardo. Destaque para a coreografia dos ritmistas.

“Vai ser uma disputa boa este ano. Viemos para ganhar”, avisa o presidente da Gaviões, Antônio Luís Bispo. No ano passado, a escola quase desceu ao grupo das pleiteantes.

Forte candidata a desfilar entre as grandes em 2008, a Rosas Negras não levou o título do Grupo II no ano passado por meio ponto. Para não repetir o deslize – a escola teve problemas na harmonia –, os componentes decoraram o samba e prometem cantá-lo. Bem alto.

A agremiação, que nasceu no terreiro de Candomblé, fala da criação do universo a partir da tradição Yoruba. No sambódromo, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iansã, Yemanjá e Oxum, os sagrados orixás. “Nossa ala das crianças está bem diferente. Assim como a bateria”, aposta a presidente da Rosas Maria Conceição Rodrigues do Amaral, a Contchê.




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