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Diadema é exemplo de segurança para Mercosul
Por Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
01/12/2005 | 08:15
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As políticas de segurança pública de Diadema renderam ao município a indicação para assumir a Unidade Temática de Segurança Cidadã em 2006, uma das coordenadorias da Rede Mercocidades. O convite foi feito durante o debate sobre o tema realizado quarta-feira na Fundação Santo André, mas a decisão só acontecerá nesta quinta-feira no encerramento da 11ª Cúpula das cidades latino-americanas. As políticas de segurança pública do município foram consideradas referência no setor por todos os palestrantes, que trocaram experiências sobre as iniciativas de cada cidade.

Além dos prefeitos Enrique Riera, da capital paraguaia, Assunção, e de Elói Pietá (PT), de Guarulhos, também participaram do debate representantes de Valparaizo (Chile), Santo André, Caxias do Sul (RS), e Recife (PE), entre outros.

Para a secretária de Defesa Social de Diadema, Regina Miki, que também é comandante da GCM (Guarda Civil Municipal), o fator que une as cidades do Mercosul no que diz respeito à área de segurança é a cobrança dos munícipes por ações locais. "A proximidade da autoridade com o morador e a cobrança nesta área me parecem comuns na América do Sul", avalia. Ela defende maior envolvimento da sociedade, por meio de mecanismos de participação popular, para que o cidadão sinta que ajuda de fato a combater a violência. "O único jeito é o cidadão achar que a política é dele, e não do governo, e a prefeitura fazer disso uma política de Estado, e não de governo que muda a cada quatro anos."

Sobre a indicação de Diadema para a coordenação da Unidade Temática de Segurança Cidadã, a secretária considera um "reconhecimento" pelo que o município fez na área de segurança pública. "Mas não pretendemos chegar lá para ensinar, vamos muito mais com espírito de aprender e disseminar política de segurança cidadã para municípios", adianta. A composição da unidade é renovada anualmente. Antes de Diadema, quem ocupava o cargo era Assunção, capital do Paraguai.

Intercâmbio – A secretária da Defesa Social de Diadema, Regina Miki, virou uma espécie de ‘mentora’ do debate de quarta-feira, sendo consultada por todos os representantes dos municípios. Miki explicou que a troca de experiências é importante, mas que cada município tem sua particularidade. "A roda não precisa ser inventada, precisa rodar. Você não pega receita fechada e traz para cá, simplesmente adapta ela à sua realidade", disse.

O prefeito da capital do Paraguai disse que é preciso uma ampla discussão de programas antes de sua implementação. Como exemplo, citou que a cidade estudou por dois anos os problemas da violência, em 2002 e 2003, antes de decidir implementar o programa de fechamento de casas noturnas nos fins de semana no período noturno. "Se a sociedade não acompanha o processo, é uma situação terrível", declarou Riera.




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