Estrear na Copa Libertadores com a responsabilidade de campeão tem criado uma certa ansiedade no grupo do São Paulo, que viaja nesta segunda-feira para a Venezuela, onde na quarta-feira encara o Caracas. E as ausências dos dois maiores líderes dentro de campo também preocupam. Sem Rogério Ceni e Lugano, na seleção de seus países, o grupo ainda não sabe quem é que vai acordar o time durante o jogo, gritar e cobrar atitude. “Não vai ter ninguém para cobrar mais forte dentro de campo. Eu mesmo abro a boca apenas para comemorar os gols”, disse Souza, que aproveitou para cutucar seus companheiros. “O Edcarlos tem a voz fina, o Júnior é gago, o Mineiro e o Josué são muito pequenos, o Bosco só fala de surfe e o Alex Dias só pensa em música sertaneja”.

O fato é que, apesar das brincadeiras, o elenco sabe a falta que os dois farão na estréia da competição sul-americana e acreditam que será o técnico Muricy Ramalho quem terá de substitui-los. “Ele vai falar antes, durante e depois do jogo”, imagina Souza.

Muricy entende a preocupação porque sabe que será difícil encontrar alguém para assumir a função. “Você não escolhe um líder. Ele que se impõe dentro do elenco. Não dá para falar para alguém orientar se a pessoa não gosta de falar”. (Com Agências)