Confirmado pelo prefeito eleito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), como secretário de Saúde a partir de 1º de janeiro de 2017, o ex-vice-prefeito da cidade Márcio Chaves (PSD) defende a criação de terceiro hospital regional, necessariamente instalado no município, para atender também Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O pessedista também avisa que é possível melhorar o sistema público mauaense sem a necessidade de construção de equipamentos.

“Há todo um debate em torno da estadualização do (Hospital de Clínicas Radamés) Nardini. Acontece que o Nardini hoje é vital para o sistema de Saúde de Mauá. Cerca de 80% dos pacientes são da cidade. Se houver essa estadualização, com transformação do Nardini em hospital regional, que se construa um hospital municipal. Ou seja, temos a necessidade de um terceiro hospital regional, para complementar o Mário Covas (em Santo André) e o Serraria (em Diadema). Essa bandeira precisa ser defendida”, aponta Márcio Chaves.

O ex-vice-prefeito retorna ao posto de secretário de Saúde após 13 anos. Ficou no comando do setor entre 2001 e 2004, durante o governo de Oswaldo Dias (PT). Deixou a vaga somente para concorrer à Prefeitura em 2004, quando teve a candidatura a prefeito impugnada às vésperas do segundo turno daquela eleição.

“Evidentemente que em 13 anos muita coisa muda. Mas vejo que o sistema de Mauá é razoavelmente bem organizado na Saúde. Falta mesmo dar gestão, organização. Com o número de equipamentos e recursos que teremos, dá para fazer isso (melhorar a qualidade), dentro, inclusive, do que diz o Plano Municipal de Saúde”, pontua.

O Orçamento de Mauá para o próximo ano está estimado em R$ 1,19 bilhão. A Pasta de Saúde é a que concentra maior volume de receita: R$ 321,4 milhões, equivalentes a 26,33% de toda arrecadação municipal. A cidade possui quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas – Zaíra, Vila Assis, Magini/Centro e Barão de Mauá – e 23 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), além do Hospital Nardini.

Para Márcio Chaves, a aposta é na abertura de policlínicas regionais, com atendimento de especialidades conforme demanda de grupo de bairros. “Vejo que isso daria agilidade, porque você evitaria que o munícipe tivesse de ir ao Centro, no Cemma (Centro de Especialidades Médicas de Mauá) ou no AME (Ambulatório Médico de Especialidades).”

O pessedista evita falar em nomes que devem compor sua equipe. Administrador, Márcio Chaves opina que não é preciso ser médico para ser secretário – “tem de conhecer o funcionamento da máquina e da secretaria” –, mas avisa que a intenção é aproveitar quadros técnicos concursados da Pasta. “Há excelentes profissionais na Secretaria de Saúde.”